terça-feira, 20 de outubro de 2009
XIV: Quem?
sábado, 17 de outubro de 2009
XIII: Vingança de Nêmesis?
XII: Ás vezes a razão, tem razões que a própria razão desconhece:
- Sim?
Hermione não conseguia falar ou mover-se. A rapariga parecia constrangida, por ter sido apanhada no quarto de um rapaz, mas, não fez qualquer sinal de ir sair de lá tão cedo. Pequenas acumulações de água se formavam em volta dos olhos de Hermione prontas a cair. Tinha sido feliz, apenas por penas que ia conseguir ser feliz com Malfoy, mas tal não aconteceu. Às vezes, o destino tem razões que a própria razão desconhece.
- Eu cria falar… Com o… Malfoy, mas parece… Ele parece estar ocupado, por isso…
A rapariga agora observava-a atentamente. Sabia que algo se estava a passar com Hermione. E achava já ter percebido o que era. E Hermione estava a pensar e a cometer um grande erro.
- Ele está a dormir, mas eu posso chamá-lo, se quiseres.
Hermione sentiu a água transbordar e encaminhou-se corredor fora. Apenas conseguiu pronunciar:
- Não é preciso, obrigada.
- Espera! Não é o que estás a pensar…
Mal a porta da torre se fechou atrás dela, Hermione correu pelos corredores fora até ao lago do castelo.
***
No seu quarto, Malfoy acordou. Não se lembrava muito da noite passada. Tinha estado com várias raparigas, mas nunca com aquela que desejava. Uma delas tinha-se embebedado muito e Malfoy, não sabendo o dormitório dela, deixou-a pernoitar no seu quarto. A rapariga primeiro vomitou, depois Malfoy levou-a até a um chuveiro que existia no seu quarto, e pôs a água fria a correr. Pô-la debaixo do chuveiro e depois despiu-lhe o vestido, não chegara a pensar em sequer mexer-lhe na roupa interior.
Vestiu-lhe uma camisa sua, e deitou-a na sua cama. Cobriu-a e a rapariga deixou-se dormir pesadamente. Foi a um armário e pegou em alguns cobertores. No chão, fez uma cama e tentou adormecer. No quarto ao lado ouviu um choro contínuo. Cria poder ir até lá, as mentiras que ela lhe dissera ainda eram muito recentes. Por isso, deixou-se ficar no chão, até que por fim adormeceu quando os primeiros raios de sol entravam pela janela.
Lentamente, Malfoy despertou ao ouvir vozes.
- Não é preciso, obrigada.
- Espera! Não é o que estás a pensar…
Levantou a cabeça e olhou para a porta, a rapariga estava com ela entreaberta. Malfoy levantou-se. A rapariga olhou para ele.
- Já estás melhor?
- Sim, obrigada. Apareceu aqui a rapariga que veio contigo no intercâmbio, eu ofereci-me para te ir chamar, mas ela saiu a correr. Acho que ela ficou a pensar, bem, tu sabes…
O que será que ela queria? Possivelmente, atacar-me ainda mais.
- Não faz mal, ela que pense o que quiser.
A rapariga olhou para ele, e viu que ele não parecia estar com vontade de falar.
- Eu tenho de sair daqui, antes que alguma Prof. me apanhe. Se não, sou expulsa!
- Bem, o teu vestido está ainda molhado, e acho que se saíres assim, alguém vai reparar.
A rapariga sorriu.
- Não te preocupes, eu tenho outra maneira de sair daqui.
Dirigiu-se á lareira do aposento, pegou num pouco de pó de flo e gritou:
- Ó Afrodite, acolhe a tua filha na sua casa, quarto…
Mas, algo aconteceu. Um grito estridente saiu da garganta da rapariga. A sua pele começou a ficar negra, e enrugada. O seu cabelo ficou branco e dentro de alguns segundos ela transformou-se em pó. Malfoy gritou e saiu pela porta fora a correr para pedir ajuda. Tinha a certeza que por mais diferenças que existissem nas escolas de magia, nunca nenhuma pessoa que viaja-se na rede de pó de flo se ia desfazer em pó.
Malfoy já não podia ouvir, mas dentro do seu quarto, uma gargalhada fria e gélida varreu o ar e fez as cinzas mexerem-se e formarem palavras. Quando o loiro regressou acompanhado por uma professora, no chão do quarto lia-se:
- CHEGOU A HORA DE PAGAREM!