sábado, 28 de novembro de 2009

XIX: Revelações, a história dos puros:


Dóris caminhou com graciosidade, acompanhada por Hermione até terem a vista panorâmica da cidade:

- Onde estamos? - Inquiriu Hermione.

- Isto que vês, é Atenas na antiguidade. Vem, chegou a altura de perceberes o passado.

Dóris dirigiu-se para as escadas. Dois cidadãos atenienses passaram através dela. Hermione percebeu que apenas os seus espíritos lá estavam. Fantasmas, mas presos há vida pelos seus corpos que permaneciam no presente. Dirigiu-se para a beira dela e caminharam até a uma casa. Ficava na Acrópole da cidade, e era lindíssima. Atravessaram as paredes e foram para o gineceu (zona da habitação grega reservada ás mulheres).

Uma bebé chorava. Os seus olhos eram negros. Uma mulher loira pegou nela. Estava ricamente vestida. Os seus olhos eram da mesma cor. De seguida entrou um homem. O seu cabelo era castanho e os seus olhos azuis. A mulher sorriu e disse:

- Esta é Teresa. A partir deste momento será tua filha e da tua mulher. Nunca ninguém deverá saber as origens dela.

- Sim, deusa Afrodite, mas não deveria ser um herói a tomar conta dela? Sempre a protegeria melhor...

Não acabou a frase, pois Afrodite riu-se. O seu riso era gélido, mas encantador. Os seus olhos estavam divertidos.

- A única coisa que interessa aos heróis é a fama. Nunca lhes poderíamos contar o nosso segredo. Se não, estaríamos perdidos. Tu estás em divida para comigo, Ganimedes. Tu e Gisele. Receberás noticias minhas em breve. E claro, quando ela chegar aos 14 anos, serei eu a arranjar o seu casamento.

Entregou-lhe a bebé e depois a sua imagem começou a ficar esfumada. Ganimedes olhou para Teresa e suspirou resignado.

Hermione e Dóris voltaram depois para a rua e entraram em outra casa. Também era muito bonita. Desta vez viam uma mulher grávida, de cabelo castanho a falar com um homem no gineceu. O homem possui-a cabelos ruivos e olhos verdes. Nos braços tinha um bebé. Um rapaz. Entregou-o há mulher e esta não queria pegar-lhe mas ele lançou-lhe um olhar furioso e acabou por lhe pegar.

- Este é Alexander. E a partir de agora será o teu filho, Joane. E do teu marido.

Ela olhou-o furiosa e depois disse:

- O meu marido vai ficar curioso Apolo! O que vou fazer quando ele chegar a casa e se deparar come esta criança?

- Nada, a parteira que esta na sala sem se mexer vai dizer-lhe que esse é o vosso filho.

- Mas, o meu bebé....

Apolo começou a ficar impaciente e interrompeu-a:

- No teu ventre não há nada! Apenas ar.

Dito isto, a barriga de Joane começou a murchar até ela ficar esbelta outra vez. Apolo agarrou em Joane pelo braço e disse-lhe:

- Agora, vais cuidar dessa criança e não te preocupes quando não souberes o que fazer, eu vou parecer muitas vezes.

O rosto de Joane ficou marcado pelo medo. Depois assentiu. Apolo desapareceu pouco depois.

Dóris e Hermione tornaram a sair e viram deuses a entregar crianças em casas na Acrópole, mas 5 vecez. Primeiro Catarina, depois Sandra e Íris.

Ao saírem da ultima casa Dóris disse:

- Estes são os 7 puros sangue feiticeiros, que darão origem as 5 famílias puro sangue feiticeiras. O rapaz Alexander vai dormir com todas elas e dei nascerão descendentes. Aquilo que há nos livros depois conta que começaram depois os filhos de muggles e meios sangue a ganhar poder. Aquilo que não conta é que temendo o mal dos 5 puros sangue, essa deusa teve 2 filhas gémeas. Não há qualquer referencia a elas na mitologia ou em qualquer livro. Do sangue dos puro sangue foi retirado metade do poder e foi dado a elas juntamente com o poder dos deuses. Essas duas irmãs, ao contrário dos outros eram imortais. Apenas uma delas mais tarde foi retratada como deusa, aquela que se virou par o mal. Mas com outras origens. Hebe, a deusa da juventude. A outra Lisandra, é aquela de quem descendemos. Acabou por morrer, numa guerra, anos mais tarde. Hebe nunca soube da nossa existência. A nossa linhagen foi esquecida e assim permanece-mos até agora, sem nada que nos fizesse frente. Nós somos semi-deusas e semi- feiticeiras Hermione.

Finalmente Hermione acreditou. A história parecia-lhe ridícula, mas no fundo da sua alma, sabia ser verdade. Assentiu e Dóris sorriu tenuemente.


- Agora que finalmente aceitas-te aquilo que és e compreendes, chegou a altura de compreenderes o presente com a juda do passado. Regressemos.

Hermione sentiu os seus pés deslocarem-se do chão e uma luz a envolve-la.


_______Deusa Afrodite______


_______Deus Apolo_______


_______Deusa Hebe_______




_______Nota de Rodapé_______

O nome Gisele provem do grego e significa garantia.
O nome Ganimedes vem do grego e significa conselheiro.
O nome Teresa tem origens gregas e significa ceifeira e caçadora.
Alexander vem do grego e significa o defensor da espécie humana, corajoso.
Joane provem também do grego e é uma variante do nome João.
Catarina vem do grego e significa pura, casta.
Sandra vem do grego e significa mulher que ajuda a humanidade.
Íris mensageira dos deuses do Olimpo.
Hebe, deusa grega da juventude.
Lisandra significa libertadora da humanidade e também tem origens gregas.


terça-feira, 24 de novembro de 2009

XVIII: Revelações, o início:



- Senta-te, por favor. Aquilo que te vou contar não é apenas sobre o teu passado, mas também sobre o teu futuro.
Hermione anuiu e sentou-se á sua frente. Dóris olhou-a e começou a falar:

- Eu nasci em 1900, em Olímpia. Estudei na escola de Némessis durante vários anos e depois comecei a servir Poseídon como sua sacerdotisa. A tua mãe nasceu em 1977. Quando ela começou a ir a escola, havia um lugar vago como professora de mitologia grega e eu concorri e fui aceite. Eu e a tua mãe éramos as melhores amigas. Todos sabia que a nossa família era a mais poderosa da Grécia. A tua mãe mal nasceu, foi prometida a um rapaz. De uma família muito rica e poderosa em Londres. E durante anos, tudo correu bem. Até que eles se conheceram.

Dóris fez uma pausa e de seguida, continuou.

- O teu pai era bonito e a tua mãe apesar de ter rejeitado os seus primeiros avanços, depois acabou por se entregar. Eu avisei-a, de que a nossa família não veria aquilo com bons olhos, mas ela não se importava. Ela estava apaixonada. Que importava a diferença de estatuto de sangue? O dinheiro? Ela vivia no seu próprio mundo de faz de conta. para ela não existiam regras, ou então, ela quebrava-as. Ela reinava como uma rainha, apesar de não ser reconhecida como uma.

Hermione parecia ver a sua própria vida amorosa ser repetida, em voz alta nas últimas linhas.

- Eu tive uma visão, dela com uma criança ao colo numa noite de inverno. Estava a nevar intensamente. Ela estava enrolada na capa e aconchegava-te contra o peito. Ela estava muito debilitada e chorava. Vi-a bater à porta. De seguida a aparecer aqui na minha casa e os Granger a receberem-te.

Os olhos de Dóris brilhavam. Hermione vi-a pequenas acumulações de água nas suas pestanas prestes a caírem.

- Depois, vi-te tal como estás agora. Aqui de pé, a questionar-me e disposta a saber uma verdade que eu nunca desejaria a ninguém.

Lágrimas grossas banharam as suas bochechas. A voz tremia-lhe.

- A minha mãe ainda está viva? Ela é uma sereia, não é?

Dóris olhou-a surpresa. Depois assentiu e continuou:

- Ela apareceu aqui e pediu-me para a ajudar. Ela não podia voltar para casa. Mas, já não era virgem, por isso não podia tornar-se uma sacerdotisa. mas os nossos pais descobriram e casaram-na comum tipo que a desejava o suficiente para a aceitar depois daquilo. Ela não aguentou. Acabou por invocar o tio Poseídon e ele deu-lhe aquilo que ela desejava. Um lugar em que pudesse ficar. Transformou-a numa sereis, assim estaria longe dele e descansaria eternamente no mar.

Hermione olhava-a perplexa, depois lentamente falou:

- Não está à espera que eu acredite que tem 109 anos e que os deuses gregos existem mesmo, pois não?

Dóris sorriu debilmente. Depois disse:

- Chegou a hora de finalmente conheceres as tuas origens. Acompanha-me.

Dóris levantou-se e dirigiu-se para a estante.

- Para onde? Para uma estante?

Dóris olhou-a com um olhar divertido.

- Não, através do tempo.

Nisto, elas foram envolvidas por uma luz branca e Hermione sentiu levemente os pés a deslocarem-se do chão. Aos seus olhos abria-se um mundo desconhecido. Um mundo antigo. Um mundo, onde estavam as respostas que ela procurava.



sexta-feira, 13 de novembro de 2009

XVII: Quem és tu?





Lentamente Dóris voltou-se para eles. O vestido tinha um pequeno decote à barco. No seu pescoço, pendia um longo cordão de ouro, de onde pendia uma safira, na qual fora lapidado um pequeno H.Os olhos de Dóris era cinzentos e o seu olhar afável. Nas suas orelhas pendiam luxuosos brincos de safiras e onix. Era visível agora no seu cabelo um pequeno diadema de ouro enfeitado com safiras e pérolas. Ela caminhou até mim. A água mal parecia mexer-se agora, como se há pouco quase não tivesse acontecido um tsunami pequeno, mas devastador que me engolira.
Draco olhava para Dóris abismado. Ela era um das mulheres mais belas que já tinha visto. Mas isso não lhe importava. Apenas algo importava. Hermione. Dóris sabia com certeza a história dela, pois tratara-a por o verdadeiro titulo dela. Draco esperava, que ela não soubesse de quambém tinha conhecimento sobre o verdadeiro passado de Hermione.

A sacerdotisa aproximou-se e disse:

- Vamos para um lugar mais privado e aí falaremos. Apenas as duas.

Hermione ir a abanar a cabeça quando Draco disse:
- Talvez seja melhor. Vai eu espero aqui por ti.

Hermione olhou para ele. Depois assentiu com a cabeça levemente e beijou-o.

Dóris indicou o caminho de regresso á casa e Hermione segui-a. Com um simples gesto da sua mão, Dóris reconstruiu a ponte. Hermione estava estupefacta. Nunca ouvira falar de ninguém que conseguisse fazer magia sem uma varinha além das crianças feiticeiras e esta mulher já deveria ter bastantes anos, apesar do seu aspecto novo.

Entraram na casa e Hermione que apesar de ter achado o exterior arrepiante mas bonito não tinha palavras para descrever o interior. O tecto era branco, bastante decorado. As paredes eram de um azul marinho intenso e bonito. Nelas, brilhavam archotes. A parede sul era revestida por uma luxuosa estante de madeira castanha avermelhada. Havia uma porta do lado este que parecia guiar a uma torre, uma do lado oeste lavava à cozinha e outra perto dessa à casa de banho. Perto da estante estavam 3 pequenas estátuas. Uma de Némessis, uma de Poseídon e uma outra de Atenas.

Perto delas estavam três cadeirões para os quais Dóris a conduziu. Fez sinal a Hermione para se sentar, mas este passou-lhe despercebido, pois olhava sem compreender para uma fotografia pousada numa mesinha perto das poltronas.

Nela eram visíveis duas figuras. Duas raparigas para ser mais exacta. Elas riam-se e estavam abraçadas uma à outra. Uma delas usava o colar de Dóris e a outra um colar em forma de H. Um colar ornado com onix. O colar que presisamente Hermione usava agora ao pescoço.

Voltou-se e olhou Dóris que lhe devolvia o olhar.

- Quem és tu, e como é que sabes o meu nome?

Dóris sorriu e depois falou:

- Conheci-te mesmo antes de nasceres.

- Só vou perguntar mais uma vez! Quem és tu?

Dóris olhou-a enigmáticamente e disse:

- Sou a última sacerdotisa do deus Poseídon e descendo da Anciã Feiticeira. O meu nome é Dóris Howard. Sou irmã de Elena Howard tua mãe e sou tua tia Hermione. E previ a tua chegada tanto a este mundo como a esta casa á precisamente 20 anos.

_____________________



Deusa Atena:




Deusa Némessis:


Deus Poseídon:



quinta-feira, 5 de novembro de 2009

XVI: A casa de Dóris:



Na manhã seguinte, eu e Draco seguimos para a casa de Dóris. Estava nevoeiro e ameaçava chover. Eu levei uma capa negra e Draco uma verde esmeralda, para nos protegermos do frio. Não era nada daquilo que estava-mos à espera. A casa de Dóris ficava em cima de um rochedo. Para lá chegar, havia uma ponte de madeira, que a meu ver era um tanto frágil. Corvos pairavam nos céus. Eu fui a primeira a falar:

- Ok, isto é ligeiramente arrepiante. A casa é linda, mas arrepiante.

- Pois, ligeiramente arrepiante... - Draco concordou inseguro.

Dei uma pequena gragalhada.

- Com medo Sr. Draco Malfoy?

Ele olhou para mim. Notei que ele fazia um esforço enorme por não tremer na voz.

- Nenhum, Miss Hermione Jane Granger.

Sorri e começa-mos a atravessar a ponte. Então, ouvimo-la. Uma voz gélida e cortante a proferir palavras em outra lingua, que reconheci como sendo grego antigo (já tentei aprender, mas tive que desistir por causa de ir estudar para Hogwarts). A voz parecia fazer parte da neblina. O vento parecia açoitar-nos a cara e fez-me ficar gelada dos pés à cabeça, apesar de a capa ser grossa. Começou a chover.

Começa-mos a correr pela ponte, mas a voz parecia perseguir-nos. A trovoada não tardou a vir. A voz ficou mais alta, que as palavras eram gritadas aos ventos. Foi nesse instante que o mar, já mexido partiu em conjunto com um trovão a ponte. Draco e eu paramos. A ponte começou a ceder e o mar a avançar para nós. Draco e eu começamos a correr em direcção a terra. Mas eu caie. Draco tentou voltar para me ajudar, mas eu tinha o pé entalado entre duas tábuas. A água estava quase a alcançar-me. De repente, vi uma espécie de luz por baixo da minha cabeça. O meu H, que a Elena Howard ( a minha mãe biológica) deixara comigo à porta dos Granger há 17 anos atrás brilhava. Agarrei-o com ambas as mãos. A água chegou até mim. Senti-me a perder a consciencia com os abanões dela que recebia.

"AJUDEM-ME ANTEPASSADOS!" gritavam os meus pensamentos, enquanto o apertava com as minhas mãos.

Nesse instante senti-me invadida pela luz. Era tão agradável. Parecia vir de mim própria quem a emanava. Percebi que me tinha elevado das águas. Eu voava sobre os mares! Ouviam-se cantos ao longe. Pareciam vir das próprias águas. Sereias talvez. Suavemente, eu desci como quase se comande-se asas invisíveis que me faziam voar. Os meus pés tocavam a parte da ponte que ainda estava de pé. Draco veio até à minha beira. Estendeu-me a mão. Agarrei-a e olhei-o. A luz que eu emanava, foi aos poucos desvanecendo-se até nada restar. Draco olhava-me abismado.

- Eu sabia que eras especial. Desde o primeiro momento em que te vi.

Eu sorri e beijei-o. Depois olhei para uns rochedos junto á areia. Uma mulher estava dentro de água. Tinha um vestido verde escuro. Cabelos castanhos. Algo em mim, sabia que ela era Dóris.

Aprossimamo-nos dela. Ela não se voltou e antes que pudesse-mos falar pronuncio-se:

- Bem vinda, descendente da Anciã. Há muito tempo que estava à tua espera.



domingo, 1 de novembro de 2009

XV: A chave:





A biblioteca ficava no último andar da escola. Os portões eram de ouro e tinham figuras. Do lado esquerdo Némessis e do lado direito Atenas. As pedras lá eram de um branco mármore. As únicas zonas sem livros nas paredes eram onde estavam os archotes. Haviam colunas da ordem coríntia* por toda a sala. Havia um pequena fonte no centro. Lá, uma figura de Némessis parecia caminhar sobre a água. O tecto era decorado com figuras de deuses.

A estátua abriu a boca e uma voz doce mas severa saiu de lá dentro:

- O desejam procurar?

Hermione estava fascinada. Já tinha lido sobre isto no grande livro: "A Escola dos Deuses". Ás estátuas tinham sido concedidas inteligências mágicas para poderem ajudar os alunos, pois eram poucos os que eram confiados os grandes tesouros da escola grega.

- Deseja-mos consultar o registo dos alunos, se for possivel.

- Assim seja. Estante E.

- Obrigada.

Hermione dirigiu-se para lá com um Malfoy perplexo a segui-la.

- Ela falou... falou mesmo...

- Sim, falou e agora vamos ao trabalho.

- Lentamente, Malfoy começou a se aperceber que Hermione já tinha puxado um volumoso volume e tinha-se sentado num cadeira de madeira negra e começado a ler. Puxou o próximo e sentou-se junto dela.


***
Passaram-se horas. Hermione e Malfoy ainda não tinham descoberto nada. Hermione foi por o volume que tinha acabado de folhear na estante quando escorregou. Apoiou-se no archote, para não cair e de repente a estante desapareceu para o lado direito. Era visível agora uma estante ainda mias atrás do que a primeira deveria estar. E diferente. A madeira desta era muito velha. Quase a desfazer-se. Havia lá um livro, um pequeno cofre pequeno. Olhou para Malfoy que continuava a olhar silenciosamente para o livro que tinha na mão, sem prestar nenhuma atenção a Hermione. Ela foi até ele e tirou-lhe o livro das mãos.

- Que é?

Ela pus um dedo em frente aos seus lábios, como que para acabar com os seus protestos. Depois pegou na mão dele e guiou-o até á estante. Malfoy sussurou agora:

- De onde raio é que isto apareceu?

- Ia cair e agarrei-me ao archote e isto apareceu.

Hermione pegou no livro. Estava cheio de pó. Soprou-o e vou que o titulo não era em inglês.

- O que diz? - Perguntou Draco.

- Não sei. Está escrito em grego antigo.

- E não o consegues traduzir?

Hermione olhou para ele.

- Achas que por acaso eu sei grego antigo?

Draco encolheu os ombros.

-Sei lá, pensei que não tinhas mais nada que fazer do que estudar!

Hermione bateu-lhe ao de leve com o livro na cabeça.

Draco riu-se e beijou-a com paixão.

Ouviram passos fora da biblioteca. Hermione escondeu o livro na bolsa, que por sorte tinha trazido e escondeu o cofre também. Puxou o archote um bocadinho para cima e a estante original voltou ao seu lugar.

Pegou num livro Defesa mágica na estante ao lado e sentou-se na cadeira a ler. Malfoy pegou num à sorte e sentou-se perto dela. Uma rapariga entrou.Pegou num livro que estava numa estante e saiu logo no inicio e saiu.

Hermione pousou o livro que fingia estar a ler e pegou no que havia escondido. Abriu-o, do interior caiu uma carta. Pegou nela. Abriu-a, e graças a deus!- estava em inglês! A letra era bonita. Dum dos lados, era possivel ver a figura de uma mulher. Pensou ser um desenho de alguma deusa grega que ela desconhece-se. Na figura também era visível um pássaro e flores. Olhou para os lados e começou a ler com Mallfoy:


A Sacerdotisa do Mar guarda o segredo.
E ela estará, onde o seu alma estiver.
Para a encontrar, a mais gentil ajudará.
Mas tenham cuidado a quem perguntar.
Pois, na vossa jornada, o mal podem encontrar.

- Quem é a sacerdotisa do mar? - Perguntou Malfoy.

Hermione sorriu. podia não saber grego antigo, mas sabia sobre a suposta "mitologia grega" (os deuses para os feiticeiros gregos existiam, apesar de os feiticeiros dos outros países quase não falarem deles, por acharem não ser eles os criadores da magia).

- Esta sacerdotisa é alguém que dedicou a sua vida ao deus Poseídon.

- Hum, e como a encontra-mos?

Hermione fez-lhe sinal, guardou a carta na mala. Chegou á beira da estátua e disse:

- Obrigada, gostaria de saber mais uma coisa, se me pudesse ajudar.

- O que precisares. Estou cá para ajudar.

- Eu gostava de saber se ainda existe alguma sacerdotisa de Poseídon. Como estou cá por intercâmbio escolar, e gosto sempre de saber tudo sobre os deuses gregos, e adoro o deus Poseídon, gostava de saber se ainda há sacerdotisas a ele dedicadas.

A estátua riu-se. A gargalhada era suave e brincalhona.

- Há apenas mais 1. No último século, infelizmente, não nasceram muitas raparigas predestinadas a ser sacerdotisas de Poseídon, uma pena. Ela mora numa casa de madeira junto da baía de Atenas. Chama-se Dóris.

- Obrigada.

- De nada, minha querida.

***

- Estás certa disso? - Uma voz glacial preenchia a biblioteca. A mulher fixava a estátua.

- Sim, senhora. Ela e o rapaz descobriram o livro e o cofre, e falaram em visitar a Sacerdotisa de Poseídon. Facultei-lhes o sitio em que ela mora. E, logo depois de saírem, chamei-a.

- Trabalhas-te bem, escrava.

A mulher levantou-se e antes mesmo de desaparecer disse:

- Eles vão arrepender-se de se terem metido comigo.

***

Hermione abriu o cofre. Lá dentro estava uma chave de ouro pequena. Mostrou-a a Draco.

- O que achas que abre? - perguntou Draco.

- Mão sei, mas estaria disposta a apostar que a Dóris sabe.

Iriam à casa de Dóris amanhã e aí iriam desvendar este mistério, ou pensavam eles assim, mal sabendo o que os esperava.

________Nota de Rodapé________

Ordem Coríntia - Uma das três Ordens Arquitectónicas na Grécia Antiga.

Dóris na mitologia grega é uma das três mil oceânides, divindades aquáticas. São filhas de Oceanus, um dos doze titãs, e de, Tétis, que representa a fecundidade feminina do mar.

Dóris irá desposar Nereu, chamado “o velho do mar”. Este é filho de Gaia, a Terra, e de Pontos, a onda marinha. Da união dos dois nascerão as nereidas , divindades marinhas.

Além dessas cinqüenta filhas, Dóris conceberá de seu esposo o jovem Nérites. Dotado de grande beleza, este será amado por Afrodite. Mas, por não querer seguir a deusa, abandonando o reino de seus pais, é metamorfoseado em concha. Dessa forma, acaba permanecendo para sempre junto de sua mãe.