quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Últimos capitulos:

Obrigada pelos comentários meninas. Gostei de saber os vossos palpites, agora chegou a altura de verem se acertaram.


XXII: A Verdade Escondida:


Hermione avançou até ouvir vozes numa sala. Um simples feitiço permitiu-lhe ver Draco, uma rapariga acorrentada à parede e uma outra figura no meio da sala. Era um linda mulher. Tinha a certeza que era Hebe. Retirou a adaga do cinto e tentou aparecer no meio da sala com sucesso. Apareceu no meio da sala, por trás da mulher e tentou apunhala-la. Hebe virou-se e num abrir e fechar de olhos elevou-se no ar e esquivou-se ao seu golpe. Os seus olhos como violetas estavam surpreendidos.

Hermione ergue a adaga contra Hebe com a intenção de a ferir, inconsciente dos pedidos gritados de Draco e Leda para parar. O duelo era mortal, mas ao mesmo tempo Hermione tinha a certeza de que se Hebe quisesse a poderia aniquilar num simples segundo. Hebe apenas se esquivava aos golpes com um espada. Não atacava Hermione com a intenção de ferir ou matar.

Pareciam dançarinas amaldiçoadas a dançar aquela luta. O choque do metal da adaga e da espada ao chocar em pleno ar parecia a música que as guiava. Lutavam como se estivessem em sincronia. Pareciam fazer parte uma da outra. Os movimentos de Hermione saiam fluidos e com facilidade.

Hermione sentiu uma pontada dolorosa no seu ombro esquerdo. Olhou-o e viu um ferida profunda de onde corria sangue abundantemente. Olhou em volta. Hebe olhava o sangue dela com cobiça e sede. Como se o sangue de Hermione fosse para ela água depois de longos dias a caminhar sob um sol escaldante.

Os seus olhos endureceram e passaram de violeta a azul. A sua voz ficou fria e distante. Os lábios entreabriram-se deixando à vista duas fileiras de dentes perfeitamente aguçados. Hebe atirou-se a Hermione, mas falhou o seu alvo graças a Malfoy que a segurou depois de se conseguir segurar.

Leda também se libertou e trocou com Malfoy, para ser ela a tomar conta de uma Hebe descontrolada. Malfoy vei-o para a beira de Hermione e abraçou-a. Sussurrou-lhe ao ouvido juras de amor eterno, enquanto o rosto dela ficava encharcado de lágrimas de alegria. Beijaram-se loucamente depois de Hermione ter dito que amava Draco e que ele fora uma das melhores partes da sua vida.

- Que cena comovente! O monstro é perdoado e os enamorados ficam juntos e são felizes para todo o sempre, tal como nos contos de fadas? Pois, eu acho que não!

Hermione olhou para de onde provinha o som. A voz estava cheia de raiva incontida e de escárnio. Não podia acreditar no que ouvia.

- Depois do tempo que levei a preparar tudo cuidadosamente achavam que eu ia simplesmente desistir de tudo novamente? Depois de tudo aquilo de que tive de desistir achavam que eu ia deixar-vos ficar juntos sem me importar?

O olhar de Dóris era duro. Os seus olhos brilhavam cheios de raiva e indignação.

- Quer dizer que foste tu que fizeste tudo isto? - A voz de Hermione transparecia a sua confusão.

Dóris sorriu maliciosamente.

- Tinha de te fazer confiar em mim, por isso falei-te na Elena. Na querida Elena. - A sua voz transparecia ainda mais raiva, se é que tal era possivel. - A melhor em tudo. Os meus pais só tinham olhos para ela. Se alguém se lembrava dos Howard era sempre para falar da Elena. Para dizer como ela era bonita! Para dizer como era inteligente! COMO A NATA DA SOCIEDADE GREGA APENAS SE INTERESSAVA SEMPRE POR ELA, PORQUE TODOS SÓ SE LEMBRAVAM DA ELENA!

Hermione olhava-a perplexa.

- Por acaso fazes ideia do que é viver na sombra de uma irmã toda a tua vida??? Como é dificil ser alguém quando a miss perfeição vive na mesma casa?

- E raptas-te o Draco por raiva da minha mãe? Porquê? Decerto que os teu pais te amavam!

Dóris olhou-a:

- Não era só por causa disso. Eu amava-a. Ela era a minha pequenina! Nunca lhe levantei a mão, até ela mo ter tirado! Ele era meu!

- De quem é que raio estás a falar?

- Dele, do Edmund! Do meu Edmund que ela me roubou!

- Edmundo como em Edmund?...

- O teu pai? Sim. O namorado que a sonsa da Elena me roubou. Tão cabra que ela foi, vinha para a minha beira e fazia-se a ele. Agora, ela desiludiu os meus pais. Tão chocados quando a miss perfeita fugiu por ter engravidado!

Hermione olhava para ela atarantada. Não fazia sentido com o que Dóris lhe contara antes sobre Elena. Dóris olhou-a com os olhos de uma louca e a sua voz saiu como se se deliciasse com o que ia fazer.

- Como não a posso fazer pagar, tu vais pagar no seu lugar.

Ergueu as mãos e de repente apareceram labaredas enormes a contornar a sala. Hebe começou a estremecer e os seus olhos perderam o brilho e ficaram brancos. Puxou os lábios expondo mais uma vez os dentes afiados e saltou sob Hermione, depois de atirar Leda para o chão.

Hermione sentiu a pele sob o seu pescoço ser rasgada e o sangue a marchar-lhe o uniforme de Hogwarts.


"Adeus, meu amor. Foste a melhor coisa que me aconteceu na vida, Draco."

Foi o seu último pensamento, antes de as dores lhe tomarem a consciência.




XXIII: A última decisão:


Hermione sentiu as dores a deixarem o eu corpo e abriu os olhos. Encontrava-se numa sala, com colunas jónicas em cima de relva verde e perfumada. Flores adornavam-na, fazendo o cenário que a rodeava tornar-se ainda mais perfeito. O perfume que delas emanava era a coisa mais deliciosa que Hermione já tinha cheirado. Cascatas em cada uma dos cantos da sala faziam um barulho suave e refrescante como cristal.
Pássaros pousavam em algumas árvores que existiam na sala e chilreavam. No centro da sala havia um trono, de pedra. A pedra parecia gasta, Hermione imaginava a quantidade de tempo que aquele trono lá estava.

Aproximou-se la água corrente para lavar a água quando algo a fez estacar. Era o seu próprio reflexo, mas não parecia ela. Os seus cabelos chegavam-lhe até ao final das costas e tinham-se tornado mais loiros. Estavam enfeitados com pérolas de cor cinzenta. Envergava um lindo vestido de seda azul. Nos seus pulsos cintilavam imensas pulseiras de prata.

Maravilhada olhou em volta e viu uma mulher aproximava-se. Esta vestia um lindo vestido cor de marfim. O seu cabelo negro estava simples, apenas com um nó. Hermione estaria disposta a jurar que aquela era a mulher mais bela que já alguma vez vira.

- Bem vinda, Hermione! Bem vinda ao Paraíso dos Inocentes!

- Quem és tu? - A voz de Hermione revelava o assombro que a sentia consumir.

- Sou Némissis. Não a deusa claro está, mas uma outra Némissis. Estou aqui, desde que me suicidei e embora pareça ser bastante agradável, torna-se monótono ao fim de alguns dias.

Hermione olhou-a confusa.

- Porque estou aqui?

Némissis tentou sorrir, mas o seu olhar de dor era marcado pela dor.

- Tu morres-te, tal como a Hebe, quando provou do teu sangue. Mas, há uma forma de voltares.

- Qual?

- Morrendo, Hermione.

Quem lhe respondeu foi a voz da sua mãe. Apareceu há sua frente com um vestido azul esverdeado, muito linda.

- O quê?

Némissis estendeu a mãe e uma imagem tremeluziu na relva. Era Dóris a atacar Draco.

- Não!

Ambas a olharam.

- Se te entregares há morte verdadeiramente ela morrerá. Porque ela terá assim assassinado a última nova geração do sangue das Herdeiras da Anciã e com isso feito a geração dela ser anquilada.

Hermione olhou para ambas e assentiu.

- Então, eu estou pronta para morrer.

Némissis sorriu e entregou a Hermione um punhal de prata. Hermione olhou apenas para a mãe e disse:

- Apesar de todas as mentiras dela, o que ela disse que sentiu por mim era verdade? Era verdade que queria ficar comigo?

- Sim, agora e sempre. Estou mais orgulhosa de ti, do que alguma vez poderás imaginar.

Hermione sorriu e enterrou o punhal no seu coração. Uma lágrima corria livremente pela sua face. Mas não era uma lágrima qualquer. Era uma lágrima de sangue.



XXIV: Finais Felizes não existem:

Hermione sentiu o seu corpo a embater na terra. Depois as dores intensificaram-se até que o seu coração finalmente parou.

Sentiu a sua alma a voltar à sala por baixo do castelo. Hebe olhava o corpo dela aterrorizada. O sangue de Hermione escorria da boca de Hebe, agora liberta do feitiço de Dóris. Esta ria-se sob o corpo de Hermione. Draco olhava o corpo da sua amada. Com horror, sofrimento e raiva. Olhou para Dóris e sem hesitar saltou para cima dela, atirando-a em direcção ás chamas.

Dóris gritou enquanto a sua carne era queimada. De seguida Draco olhou para Hebe e para Leda. Hebe pegou na espada com que se defendera das investidas de Hermione e disse:

- Vão. E não contem nada disto a ninguém. Chegou a hora de libertar a minha alma e de por fim, pagar pelo mal que fiz.

E com a espada cortou a sua jugular, caindo depois ao chão com o seu vestido a ser tingido pelo sangue.

Leda olhou para Draco e disse, depois de um silencio incómodo:

- Vamos.

Draco olhou-a e apenas disse:

- Não.

Dirigiu-se ao punhal de Hermione, agarrando-o com as duas mãos.

- Draco... - Leda j´´a suspeitava do que ele ia fazer.

- Espera por mim, meu amor.

E cravou-a no coração, tal como Hermione fizera no Paraíso dos Inocentes.

Quando olhou para o lado viu Draco. Tinha uma camisa cinza e uma calsas negras justas. O olhar que lhe dedicava era amoroso e fofinho.

- Tu és mesmo doido, não és?

- Doido por ti, minha Hermione.

- Juntos para sempre na morte.

- Isso não soa a algo macabro, Miss Granger?

- Howard. Miss Hermione Jane Granger Howard.

- Finalmente, encontraste-te a ti própria?

- Sim, Draco. Finalmente encontri-me a mim própria.

E assim uniram-se num beijo caloroso e apaixonado e deixaram-se ser transportados pelo anjo da morte ao outro mundo.




Fim


Espero que tenham gostado e que tenha surpreendido com este final pela positiva.
Beijinhos a todas e obrigada pelos comentários, da vossa amiga Dama do Inverno que vos deseja uma boa entrada no novo ano. Felicidades!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Dramione a Descendente da Anciã: XXI: Sinto pena dela.




Draco voltou a desmaiar e quando acordou viu a porta a fechar-se. Voltou a olhar par Leda e viu que ela chorava.

- Leda está tudo bem????? Ela magou-te???

- Não... - A voz tremia-lhe devido ás lagrimas. - E eu fui tão má quando te disse o que pensava dela. Ela esteve aqui a falar comigo. Vai libertar-me. Ela vai morrer Draco. Diz que não quer continuar a matar. Que já não aguenta mais tanta dor e morte em volta dela. Sinto tanta pena dela.

Draco olhou-a atónimo.

- Como podes ter pena dela, quando ela te fez isso?

Leda sorriu, mas desta vez o sorriso foi de tristeza.

- Compreendo-a. Ninguém gosta de ser humilhado. E por vezes tomámos decisões de cabeça quente, tal como ela em vir para cá. Ela fez muitas coisas de que se arrepende. Quando me contou a sua história, não disse mal de ninguém. Disse-me que se pudesse voltar atrás, apagaria todo o mal que fez. Restabeleceria a vida a todos aqueles que matou.

- E tu acreditas-te Leda? Ela é má! Está a matar-te!

- Ela faz-lo por uma simples razão. Ela tem medo da morte. Não sabe o que há do outro lado para ela. Tem medo da condenação que a espera e não quer desistir deste mundo. Gostarias se alguém te dissesse que tinhas de morrer? Ou então, que para isso não acontecer tinhas de matar seres humanos? Ela não teve escolha.

- Teve sim senhora. Podia ter escolhido morrer. Não matar!

Leda olhou-o:

- Gostaria de ver o que farias se fosse contigo. De cada vez que se alimenta é como se guarda-se o seu coração numa caixinha. Os seus olhos ficam frios. A voz mais gelada do que nunca. Mas, quando acaba é como se não se lembra-se de nada. Além disso, não é ela quem nos traz para aqui. É outra mulher.

- Quem?

- Não sei o nome dela, apenas sei que tem um nome relacionado com a mitologia.

Draco falou, com o sarcasmo presente na sua voz:

- Como qualquer pessoa que frequenta a escola?

Dóris olhou-o com um ar aborrecido.

- Apenas sei três coisa sobre ela que ouvi quando tentava sair daqui. Consegui sair com a minha mente, e foi então que vi pedaços de memórias dessa pessoa.

- E o que são essas três coisas?

- Que ela é uma das únicas três herdeiras da anciã vivas, que os seus poderes estão relacionados com a água e que foi a mesma pessoa que te raptou. Ao estares aqui, a Hermione vai vir até cá e tentar matar a Hebe. E se o plano correr como esperado morrem tanto a Hermione como a Hebe e deixam o caminho livre para essa mulher se tornar na nova rainha do mundo da feitiçaria.

***

Hermione recebeu um punhal de Dóris que segundo ela pertencera à sua mãe. Pegou no livro e foi para a escola. Lá, trouxe um rapaz qualquer para o seu quarto e beijou-o. Pensando que estava a trair Draco e que gostava de o fazer. Depois pôs o rapaz inconsciente e entrou na lareira. Deu as indicações da casa dos Granger e sentiu-se a queimar. Soube que tinha conseguido. Olhou em volta e deu por si num imenso corredor escavado na pedra. Avançou, tendo Draco no seu coração e na sua mente. Amava-o tanto e nunca lho dissera. Será que ele sabia o quanto ela o amava? Se sobrevivesse aquele confronto, ia dizer-lho todos os dias até ao fim da sua vida.




Agora quem acham que é a traidora e a fornecedora da Hebe? Vou dar-vos três pistas.

1ª Se só há 3 herdeiras vivas, uma delas é a Hermione e por isso já só tem duas.

2ª Os seus poderes são relacionados com a água. Se pensarem, uma é sereia, mas as sereias não têm poderes de feiticeiras. A outra é uma feiticeira que é sacerdotiza de um deus.

3ª Dóris esteve todo o tempo com Hermione, mas Elena não podia caminhar para a praia (zona em que o Draco estava) para o raptar, pois a sua cauda de peixe é permanente.

Gostaria que nos comentários pusessem o vosso palpite. Se tudo correr bem a amanhã ou na quarta ponho o próximo capítulo.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

XX: Revelações, és a única que a pode deter:

Hermione sentiu-se lentamente a entrar novamente no seu corpo. Olhou para Dóris que já estava desperta e a sua espera. Olhou para ela e Dóris falou:

- Tem me chegado aos ouvidos rumores sobre uma morte na escola.

Hermione assentiu e contou a Dóris tudo até agora o que tinha descoberto. Depois tirou da capa a carta e entregou-a juntamente com o livro e a chave a Dóris. Dóris leu a carta e depois abriu o livro. Por fim proferiu:

- Há coisas que não podem ser mesmo apagadas.

Olhou para Hermione e continuou a falar:

- Este livro prova que eu estava errada. Este livro é a genealogia dos sangue. Nós provi-mos da linhagem dos sangue.

- Sangue? - Perguntou Hermione atarantada.

- Sim. Há uma razão para eu ter escolhido ser sacerdotisa. Eu sou fraca. Não aguentaria ver a pessoa que eu amo a definhar lentamente com a velhice e depois morrer. Sabendo que não o tornaria a ver. Pela simples razão de que somos imortais, ao descendermos da anciã. Somos sangue, mas não sangue como o rapaz que está lá fora, cujo o coração bate por ti. Ele é sangue dos feiticeiros. Puro sangue de puros sangue mortais feiticeiros. Nós somos sangue da anciã. Sangue imortal.

- O quê?

Hermione tenatava cmpreender o que Dóris lhe dizia, mas era impossivel! Não podia ser verdade! Depois de algum tempo, conseguir formular uma pergunta.

- O que é que queres dizer com sangue imortal?!

- Tu nunca morrerás. A partir do dia em que fizeres 21 anos nunca mais envelhecerás. Não vais morrer. O tempo vai passar por ti como se fosse uma suave brisa. Os anos vão abandonar-te, tal como as memórias. Depois de alguns séculos, as memóris do passado começaram a ficar inevoadas.

- O MEU DEUS! ISTO NÃO É VERDADE! NÃO PODE SER!

Dóris olhou-a e passado alguns segundos pronunciou-se:

- É verdade. Tu sabes que é. A magia flui em ti de uma forma diferente do que nos outros. Consegues fazer quase todos os feitiços e decoras facilmente. E, se estiveres em perigo, ela é quase como um emissor de frequências para os deuses. Eles ajudam-te, pois tu és a única que pode salvar o futuro do nosso mundo.

Hermione olhou-a. Pensamentos ao acaso ressoavam no seu cérebro como se fossem trovões. Magia, sempre fora a melhor. Deuses, o que acontecera na ponte passava o limite de tudo o que conhecia ou já tinha ouvido falar. Imortalidade, ela nunca ia envelhecer, nunca ia morrer. Nunca poderia ficar com Malfoy. Ia perde-lo. Perder os seus amigos.

- Eu não quero saber do meu destino. NÃO QUERO SABER DE NADA! EU VOU SER FELIZ COM QUEM AMO!

Depois de acabar de falar correu porta fora até à praia. Procurou Malfoy, mas sabia que algo não estava bem. Sentia agonia e dor no coração. Olhou para o chão perto do sitio em que estava e viu um anel. Era de prata e ornado com esmeraldas que preenchiam a gravação em forma de M.

Encostou-o junto ao peito e chorou. Ele tinha desaparecido.


***

Malfoy acordou numa sala. Sentiu os pulsos presos. Olhou em volta apesar de a sala estar quase na total escuridão. Os seus pulsos estavam agrilhoados. Do outro lado da sala jaziam esqueletos e o corpo de uma rapariga. Reconhece-a instantaneamente:

- Leda!

A rapariga acordou lentamente e olhou-o. Olhou-o com medo e sussurou:

- Que fazes aqui? Ela também te apanhou?

Malfoy olhou-a sem compreender:

- Ela?

Leda olhou e ficou em silencio durante uns segundos como que á escuta. Depois falou novamente:

- Eu não sei quem ela é. Se a visse lá fora diria que era uma deusa grega de tão bonita, mas ela não é nada se não um ser asqueroso. Ela suga-nos a juventude e a vida. E depois nós morre-mos, tal como eles.- Apontou para os esqueletos.

Malfoy sentiu-se tonto.

- Virgem Santissíma! Mas, porque é que ela faz isso?

Leda abanou a cabeça. Depois falou:

- Apenas sei que ela anda à procura de alguém especial. Uma rapariga. Eu ouvi-a falar numa tal descendente da anciã. É a vida dela que ela precisa para se manter jovem durante muito mais tempo.

- Não... Hermione... - Malfoy estava a tremer com medo.

***

Hermione ouviu passos na sua direcção, mas não se voltou.

- Ela está de volta. Levou-o mas é a ti que quer.

Hermione olhou Dóris, sem reacção. Esta continuou a falar.

- Este livro é o diário de Lisandra. Ela relata as lutas dela contra Hebe. Hebe era tão linda que ficou encarregue de servir os deuses, mas depois cansou-se. Os deuses apesar de tudo não se importaram, deixaram-na seguir com a sua vida. Mas, aí tudo aconteceu. Hebe fez todos os tipos de coisas, por prazer. Destruiu e saqueou á sua vontade tudo o que queria e quando queria. Então os deuses lançaram-lhe uma maldição. Ela iria ficar velha e morrer, pois tinha-os desrespeitado ao destruir o seu povo. Mas, Hebe não se contentou. Começou a sugar a vida e a juventude de outros matando-os. Lisandra tentou trava-la, mas não foi capaz. Durante anos tentaram destruir-se uma á outra. Até que Lisandra lançou uma maldição sobre Hebe.
Todas as vidas que ela suga-se não seriam capazes de sustentar a sua vida, a menos que fosse alguém do seu próprio sangue. Hebe sabe disso.

Dóris ajoelhou-se na areia junto dela. Depois continuou:

- O que Hebe não sabe, é que ao lançar a maldição, Lisandra lançou um encantamento sobre as suas descendentes. Se Hebe alguma vez tira-se a vida e a juventude de uma delas morreria, pois o sangue delas está envenenado. Lisandra estava cega para aniquilar a irmã, e por isso não pensou no que sucederia aquelas que carregam o encantamento.

Hermione olhou-a e por fim falou:

- É Lisandra que tem o Draco?

Dóris assentiu.

- Ela sabe quem eu sou, não sabe?

- Ela espera atrair-te ao covil dela (onde quer que este seja), e alimentar-se de ti.

Hermione e Dóris ficaram em silencio durante alguns segundos. Depois, Dóris quebrou o silencio.

- És a única que a pode deter. Ao fazer-mos 21 anos, o nosso veneno deixa de ter algum efeito sobre Hebe. Tu ainda não os completas-te. Mas, sabes o que isso vai fazer. Quase de certeza, vais morrer.

Hermione olhou para ela e falou:

- Talvez, mas talvez leve a Hebe comigo.


sábado, 28 de novembro de 2009

XIX: Revelações, a história dos puros:


Dóris caminhou com graciosidade, acompanhada por Hermione até terem a vista panorâmica da cidade:

- Onde estamos? - Inquiriu Hermione.

- Isto que vês, é Atenas na antiguidade. Vem, chegou a altura de perceberes o passado.

Dóris dirigiu-se para as escadas. Dois cidadãos atenienses passaram através dela. Hermione percebeu que apenas os seus espíritos lá estavam. Fantasmas, mas presos há vida pelos seus corpos que permaneciam no presente. Dirigiu-se para a beira dela e caminharam até a uma casa. Ficava na Acrópole da cidade, e era lindíssima. Atravessaram as paredes e foram para o gineceu (zona da habitação grega reservada ás mulheres).

Uma bebé chorava. Os seus olhos eram negros. Uma mulher loira pegou nela. Estava ricamente vestida. Os seus olhos eram da mesma cor. De seguida entrou um homem. O seu cabelo era castanho e os seus olhos azuis. A mulher sorriu e disse:

- Esta é Teresa. A partir deste momento será tua filha e da tua mulher. Nunca ninguém deverá saber as origens dela.

- Sim, deusa Afrodite, mas não deveria ser um herói a tomar conta dela? Sempre a protegeria melhor...

Não acabou a frase, pois Afrodite riu-se. O seu riso era gélido, mas encantador. Os seus olhos estavam divertidos.

- A única coisa que interessa aos heróis é a fama. Nunca lhes poderíamos contar o nosso segredo. Se não, estaríamos perdidos. Tu estás em divida para comigo, Ganimedes. Tu e Gisele. Receberás noticias minhas em breve. E claro, quando ela chegar aos 14 anos, serei eu a arranjar o seu casamento.

Entregou-lhe a bebé e depois a sua imagem começou a ficar esfumada. Ganimedes olhou para Teresa e suspirou resignado.

Hermione e Dóris voltaram depois para a rua e entraram em outra casa. Também era muito bonita. Desta vez viam uma mulher grávida, de cabelo castanho a falar com um homem no gineceu. O homem possui-a cabelos ruivos e olhos verdes. Nos braços tinha um bebé. Um rapaz. Entregou-o há mulher e esta não queria pegar-lhe mas ele lançou-lhe um olhar furioso e acabou por lhe pegar.

- Este é Alexander. E a partir de agora será o teu filho, Joane. E do teu marido.

Ela olhou-o furiosa e depois disse:

- O meu marido vai ficar curioso Apolo! O que vou fazer quando ele chegar a casa e se deparar come esta criança?

- Nada, a parteira que esta na sala sem se mexer vai dizer-lhe que esse é o vosso filho.

- Mas, o meu bebé....

Apolo começou a ficar impaciente e interrompeu-a:

- No teu ventre não há nada! Apenas ar.

Dito isto, a barriga de Joane começou a murchar até ela ficar esbelta outra vez. Apolo agarrou em Joane pelo braço e disse-lhe:

- Agora, vais cuidar dessa criança e não te preocupes quando não souberes o que fazer, eu vou parecer muitas vezes.

O rosto de Joane ficou marcado pelo medo. Depois assentiu. Apolo desapareceu pouco depois.

Dóris e Hermione tornaram a sair e viram deuses a entregar crianças em casas na Acrópole, mas 5 vecez. Primeiro Catarina, depois Sandra e Íris.

Ao saírem da ultima casa Dóris disse:

- Estes são os 7 puros sangue feiticeiros, que darão origem as 5 famílias puro sangue feiticeiras. O rapaz Alexander vai dormir com todas elas e dei nascerão descendentes. Aquilo que há nos livros depois conta que começaram depois os filhos de muggles e meios sangue a ganhar poder. Aquilo que não conta é que temendo o mal dos 5 puros sangue, essa deusa teve 2 filhas gémeas. Não há qualquer referencia a elas na mitologia ou em qualquer livro. Do sangue dos puro sangue foi retirado metade do poder e foi dado a elas juntamente com o poder dos deuses. Essas duas irmãs, ao contrário dos outros eram imortais. Apenas uma delas mais tarde foi retratada como deusa, aquela que se virou par o mal. Mas com outras origens. Hebe, a deusa da juventude. A outra Lisandra, é aquela de quem descendemos. Acabou por morrer, numa guerra, anos mais tarde. Hebe nunca soube da nossa existência. A nossa linhagen foi esquecida e assim permanece-mos até agora, sem nada que nos fizesse frente. Nós somos semi-deusas e semi- feiticeiras Hermione.

Finalmente Hermione acreditou. A história parecia-lhe ridícula, mas no fundo da sua alma, sabia ser verdade. Assentiu e Dóris sorriu tenuemente.


- Agora que finalmente aceitas-te aquilo que és e compreendes, chegou a altura de compreenderes o presente com a juda do passado. Regressemos.

Hermione sentiu os seus pés deslocarem-se do chão e uma luz a envolve-la.


_______Deusa Afrodite______


_______Deus Apolo_______


_______Deusa Hebe_______




_______Nota de Rodapé_______

O nome Gisele provem do grego e significa garantia.
O nome Ganimedes vem do grego e significa conselheiro.
O nome Teresa tem origens gregas e significa ceifeira e caçadora.
Alexander vem do grego e significa o defensor da espécie humana, corajoso.
Joane provem também do grego e é uma variante do nome João.
Catarina vem do grego e significa pura, casta.
Sandra vem do grego e significa mulher que ajuda a humanidade.
Íris mensageira dos deuses do Olimpo.
Hebe, deusa grega da juventude.
Lisandra significa libertadora da humanidade e também tem origens gregas.


terça-feira, 24 de novembro de 2009

XVIII: Revelações, o início:



- Senta-te, por favor. Aquilo que te vou contar não é apenas sobre o teu passado, mas também sobre o teu futuro.
Hermione anuiu e sentou-se á sua frente. Dóris olhou-a e começou a falar:

- Eu nasci em 1900, em Olímpia. Estudei na escola de Némessis durante vários anos e depois comecei a servir Poseídon como sua sacerdotisa. A tua mãe nasceu em 1977. Quando ela começou a ir a escola, havia um lugar vago como professora de mitologia grega e eu concorri e fui aceite. Eu e a tua mãe éramos as melhores amigas. Todos sabia que a nossa família era a mais poderosa da Grécia. A tua mãe mal nasceu, foi prometida a um rapaz. De uma família muito rica e poderosa em Londres. E durante anos, tudo correu bem. Até que eles se conheceram.

Dóris fez uma pausa e de seguida, continuou.

- O teu pai era bonito e a tua mãe apesar de ter rejeitado os seus primeiros avanços, depois acabou por se entregar. Eu avisei-a, de que a nossa família não veria aquilo com bons olhos, mas ela não se importava. Ela estava apaixonada. Que importava a diferença de estatuto de sangue? O dinheiro? Ela vivia no seu próprio mundo de faz de conta. para ela não existiam regras, ou então, ela quebrava-as. Ela reinava como uma rainha, apesar de não ser reconhecida como uma.

Hermione parecia ver a sua própria vida amorosa ser repetida, em voz alta nas últimas linhas.

- Eu tive uma visão, dela com uma criança ao colo numa noite de inverno. Estava a nevar intensamente. Ela estava enrolada na capa e aconchegava-te contra o peito. Ela estava muito debilitada e chorava. Vi-a bater à porta. De seguida a aparecer aqui na minha casa e os Granger a receberem-te.

Os olhos de Dóris brilhavam. Hermione vi-a pequenas acumulações de água nas suas pestanas prestes a caírem.

- Depois, vi-te tal como estás agora. Aqui de pé, a questionar-me e disposta a saber uma verdade que eu nunca desejaria a ninguém.

Lágrimas grossas banharam as suas bochechas. A voz tremia-lhe.

- A minha mãe ainda está viva? Ela é uma sereia, não é?

Dóris olhou-a surpresa. Depois assentiu e continuou:

- Ela apareceu aqui e pediu-me para a ajudar. Ela não podia voltar para casa. Mas, já não era virgem, por isso não podia tornar-se uma sacerdotisa. mas os nossos pais descobriram e casaram-na comum tipo que a desejava o suficiente para a aceitar depois daquilo. Ela não aguentou. Acabou por invocar o tio Poseídon e ele deu-lhe aquilo que ela desejava. Um lugar em que pudesse ficar. Transformou-a numa sereis, assim estaria longe dele e descansaria eternamente no mar.

Hermione olhava-a perplexa, depois lentamente falou:

- Não está à espera que eu acredite que tem 109 anos e que os deuses gregos existem mesmo, pois não?

Dóris sorriu debilmente. Depois disse:

- Chegou a hora de finalmente conheceres as tuas origens. Acompanha-me.

Dóris levantou-se e dirigiu-se para a estante.

- Para onde? Para uma estante?

Dóris olhou-a com um olhar divertido.

- Não, através do tempo.

Nisto, elas foram envolvidas por uma luz branca e Hermione sentiu levemente os pés a deslocarem-se do chão. Aos seus olhos abria-se um mundo desconhecido. Um mundo antigo. Um mundo, onde estavam as respostas que ela procurava.



sexta-feira, 13 de novembro de 2009

XVII: Quem és tu?





Lentamente Dóris voltou-se para eles. O vestido tinha um pequeno decote à barco. No seu pescoço, pendia um longo cordão de ouro, de onde pendia uma safira, na qual fora lapidado um pequeno H.Os olhos de Dóris era cinzentos e o seu olhar afável. Nas suas orelhas pendiam luxuosos brincos de safiras e onix. Era visível agora no seu cabelo um pequeno diadema de ouro enfeitado com safiras e pérolas. Ela caminhou até mim. A água mal parecia mexer-se agora, como se há pouco quase não tivesse acontecido um tsunami pequeno, mas devastador que me engolira.
Draco olhava para Dóris abismado. Ela era um das mulheres mais belas que já tinha visto. Mas isso não lhe importava. Apenas algo importava. Hermione. Dóris sabia com certeza a história dela, pois tratara-a por o verdadeiro titulo dela. Draco esperava, que ela não soubesse de quambém tinha conhecimento sobre o verdadeiro passado de Hermione.

A sacerdotisa aproximou-se e disse:

- Vamos para um lugar mais privado e aí falaremos. Apenas as duas.

Hermione ir a abanar a cabeça quando Draco disse:
- Talvez seja melhor. Vai eu espero aqui por ti.

Hermione olhou para ele. Depois assentiu com a cabeça levemente e beijou-o.

Dóris indicou o caminho de regresso á casa e Hermione segui-a. Com um simples gesto da sua mão, Dóris reconstruiu a ponte. Hermione estava estupefacta. Nunca ouvira falar de ninguém que conseguisse fazer magia sem uma varinha além das crianças feiticeiras e esta mulher já deveria ter bastantes anos, apesar do seu aspecto novo.

Entraram na casa e Hermione que apesar de ter achado o exterior arrepiante mas bonito não tinha palavras para descrever o interior. O tecto era branco, bastante decorado. As paredes eram de um azul marinho intenso e bonito. Nelas, brilhavam archotes. A parede sul era revestida por uma luxuosa estante de madeira castanha avermelhada. Havia uma porta do lado este que parecia guiar a uma torre, uma do lado oeste lavava à cozinha e outra perto dessa à casa de banho. Perto da estante estavam 3 pequenas estátuas. Uma de Némessis, uma de Poseídon e uma outra de Atenas.

Perto delas estavam três cadeirões para os quais Dóris a conduziu. Fez sinal a Hermione para se sentar, mas este passou-lhe despercebido, pois olhava sem compreender para uma fotografia pousada numa mesinha perto das poltronas.

Nela eram visíveis duas figuras. Duas raparigas para ser mais exacta. Elas riam-se e estavam abraçadas uma à outra. Uma delas usava o colar de Dóris e a outra um colar em forma de H. Um colar ornado com onix. O colar que presisamente Hermione usava agora ao pescoço.

Voltou-se e olhou Dóris que lhe devolvia o olhar.

- Quem és tu, e como é que sabes o meu nome?

Dóris sorriu e depois falou:

- Conheci-te mesmo antes de nasceres.

- Só vou perguntar mais uma vez! Quem és tu?

Dóris olhou-a enigmáticamente e disse:

- Sou a última sacerdotisa do deus Poseídon e descendo da Anciã Feiticeira. O meu nome é Dóris Howard. Sou irmã de Elena Howard tua mãe e sou tua tia Hermione. E previ a tua chegada tanto a este mundo como a esta casa á precisamente 20 anos.

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Deusa Atena:




Deusa Némessis:


Deus Poseídon:



quinta-feira, 5 de novembro de 2009

XVI: A casa de Dóris:



Na manhã seguinte, eu e Draco seguimos para a casa de Dóris. Estava nevoeiro e ameaçava chover. Eu levei uma capa negra e Draco uma verde esmeralda, para nos protegermos do frio. Não era nada daquilo que estava-mos à espera. A casa de Dóris ficava em cima de um rochedo. Para lá chegar, havia uma ponte de madeira, que a meu ver era um tanto frágil. Corvos pairavam nos céus. Eu fui a primeira a falar:

- Ok, isto é ligeiramente arrepiante. A casa é linda, mas arrepiante.

- Pois, ligeiramente arrepiante... - Draco concordou inseguro.

Dei uma pequena gragalhada.

- Com medo Sr. Draco Malfoy?

Ele olhou para mim. Notei que ele fazia um esforço enorme por não tremer na voz.

- Nenhum, Miss Hermione Jane Granger.

Sorri e começa-mos a atravessar a ponte. Então, ouvimo-la. Uma voz gélida e cortante a proferir palavras em outra lingua, que reconheci como sendo grego antigo (já tentei aprender, mas tive que desistir por causa de ir estudar para Hogwarts). A voz parecia fazer parte da neblina. O vento parecia açoitar-nos a cara e fez-me ficar gelada dos pés à cabeça, apesar de a capa ser grossa. Começou a chover.

Começa-mos a correr pela ponte, mas a voz parecia perseguir-nos. A trovoada não tardou a vir. A voz ficou mais alta, que as palavras eram gritadas aos ventos. Foi nesse instante que o mar, já mexido partiu em conjunto com um trovão a ponte. Draco e eu paramos. A ponte começou a ceder e o mar a avançar para nós. Draco e eu começamos a correr em direcção a terra. Mas eu caie. Draco tentou voltar para me ajudar, mas eu tinha o pé entalado entre duas tábuas. A água estava quase a alcançar-me. De repente, vi uma espécie de luz por baixo da minha cabeça. O meu H, que a Elena Howard ( a minha mãe biológica) deixara comigo à porta dos Granger há 17 anos atrás brilhava. Agarrei-o com ambas as mãos. A água chegou até mim. Senti-me a perder a consciencia com os abanões dela que recebia.

"AJUDEM-ME ANTEPASSADOS!" gritavam os meus pensamentos, enquanto o apertava com as minhas mãos.

Nesse instante senti-me invadida pela luz. Era tão agradável. Parecia vir de mim própria quem a emanava. Percebi que me tinha elevado das águas. Eu voava sobre os mares! Ouviam-se cantos ao longe. Pareciam vir das próprias águas. Sereias talvez. Suavemente, eu desci como quase se comande-se asas invisíveis que me faziam voar. Os meus pés tocavam a parte da ponte que ainda estava de pé. Draco veio até à minha beira. Estendeu-me a mão. Agarrei-a e olhei-o. A luz que eu emanava, foi aos poucos desvanecendo-se até nada restar. Draco olhava-me abismado.

- Eu sabia que eras especial. Desde o primeiro momento em que te vi.

Eu sorri e beijei-o. Depois olhei para uns rochedos junto á areia. Uma mulher estava dentro de água. Tinha um vestido verde escuro. Cabelos castanhos. Algo em mim, sabia que ela era Dóris.

Aprossimamo-nos dela. Ela não se voltou e antes que pudesse-mos falar pronuncio-se:

- Bem vinda, descendente da Anciã. Há muito tempo que estava à tua espera.



domingo, 1 de novembro de 2009

XV: A chave:





A biblioteca ficava no último andar da escola. Os portões eram de ouro e tinham figuras. Do lado esquerdo Némessis e do lado direito Atenas. As pedras lá eram de um branco mármore. As únicas zonas sem livros nas paredes eram onde estavam os archotes. Haviam colunas da ordem coríntia* por toda a sala. Havia um pequena fonte no centro. Lá, uma figura de Némessis parecia caminhar sobre a água. O tecto era decorado com figuras de deuses.

A estátua abriu a boca e uma voz doce mas severa saiu de lá dentro:

- O desejam procurar?

Hermione estava fascinada. Já tinha lido sobre isto no grande livro: "A Escola dos Deuses". Ás estátuas tinham sido concedidas inteligências mágicas para poderem ajudar os alunos, pois eram poucos os que eram confiados os grandes tesouros da escola grega.

- Deseja-mos consultar o registo dos alunos, se for possivel.

- Assim seja. Estante E.

- Obrigada.

Hermione dirigiu-se para lá com um Malfoy perplexo a segui-la.

- Ela falou... falou mesmo...

- Sim, falou e agora vamos ao trabalho.

- Lentamente, Malfoy começou a se aperceber que Hermione já tinha puxado um volumoso volume e tinha-se sentado num cadeira de madeira negra e começado a ler. Puxou o próximo e sentou-se junto dela.


***
Passaram-se horas. Hermione e Malfoy ainda não tinham descoberto nada. Hermione foi por o volume que tinha acabado de folhear na estante quando escorregou. Apoiou-se no archote, para não cair e de repente a estante desapareceu para o lado direito. Era visível agora uma estante ainda mias atrás do que a primeira deveria estar. E diferente. A madeira desta era muito velha. Quase a desfazer-se. Havia lá um livro, um pequeno cofre pequeno. Olhou para Malfoy que continuava a olhar silenciosamente para o livro que tinha na mão, sem prestar nenhuma atenção a Hermione. Ela foi até ele e tirou-lhe o livro das mãos.

- Que é?

Ela pus um dedo em frente aos seus lábios, como que para acabar com os seus protestos. Depois pegou na mão dele e guiou-o até á estante. Malfoy sussurou agora:

- De onde raio é que isto apareceu?

- Ia cair e agarrei-me ao archote e isto apareceu.

Hermione pegou no livro. Estava cheio de pó. Soprou-o e vou que o titulo não era em inglês.

- O que diz? - Perguntou Draco.

- Não sei. Está escrito em grego antigo.

- E não o consegues traduzir?

Hermione olhou para ele.

- Achas que por acaso eu sei grego antigo?

Draco encolheu os ombros.

-Sei lá, pensei que não tinhas mais nada que fazer do que estudar!

Hermione bateu-lhe ao de leve com o livro na cabeça.

Draco riu-se e beijou-a com paixão.

Ouviram passos fora da biblioteca. Hermione escondeu o livro na bolsa, que por sorte tinha trazido e escondeu o cofre também. Puxou o archote um bocadinho para cima e a estante original voltou ao seu lugar.

Pegou num livro Defesa mágica na estante ao lado e sentou-se na cadeira a ler. Malfoy pegou num à sorte e sentou-se perto dela. Uma rapariga entrou.Pegou num livro que estava numa estante e saiu logo no inicio e saiu.

Hermione pousou o livro que fingia estar a ler e pegou no que havia escondido. Abriu-o, do interior caiu uma carta. Pegou nela. Abriu-a, e graças a deus!- estava em inglês! A letra era bonita. Dum dos lados, era possivel ver a figura de uma mulher. Pensou ser um desenho de alguma deusa grega que ela desconhece-se. Na figura também era visível um pássaro e flores. Olhou para os lados e começou a ler com Mallfoy:


A Sacerdotisa do Mar guarda o segredo.
E ela estará, onde o seu alma estiver.
Para a encontrar, a mais gentil ajudará.
Mas tenham cuidado a quem perguntar.
Pois, na vossa jornada, o mal podem encontrar.

- Quem é a sacerdotisa do mar? - Perguntou Malfoy.

Hermione sorriu. podia não saber grego antigo, mas sabia sobre a suposta "mitologia grega" (os deuses para os feiticeiros gregos existiam, apesar de os feiticeiros dos outros países quase não falarem deles, por acharem não ser eles os criadores da magia).

- Esta sacerdotisa é alguém que dedicou a sua vida ao deus Poseídon.

- Hum, e como a encontra-mos?

Hermione fez-lhe sinal, guardou a carta na mala. Chegou á beira da estátua e disse:

- Obrigada, gostaria de saber mais uma coisa, se me pudesse ajudar.

- O que precisares. Estou cá para ajudar.

- Eu gostava de saber se ainda existe alguma sacerdotisa de Poseídon. Como estou cá por intercâmbio escolar, e gosto sempre de saber tudo sobre os deuses gregos, e adoro o deus Poseídon, gostava de saber se ainda há sacerdotisas a ele dedicadas.

A estátua riu-se. A gargalhada era suave e brincalhona.

- Há apenas mais 1. No último século, infelizmente, não nasceram muitas raparigas predestinadas a ser sacerdotisas de Poseídon, uma pena. Ela mora numa casa de madeira junto da baía de Atenas. Chama-se Dóris.

- Obrigada.

- De nada, minha querida.

***

- Estás certa disso? - Uma voz glacial preenchia a biblioteca. A mulher fixava a estátua.

- Sim, senhora. Ela e o rapaz descobriram o livro e o cofre, e falaram em visitar a Sacerdotisa de Poseídon. Facultei-lhes o sitio em que ela mora. E, logo depois de saírem, chamei-a.

- Trabalhas-te bem, escrava.

A mulher levantou-se e antes mesmo de desaparecer disse:

- Eles vão arrepender-se de se terem metido comigo.

***

Hermione abriu o cofre. Lá dentro estava uma chave de ouro pequena. Mostrou-a a Draco.

- O que achas que abre? - perguntou Draco.

- Mão sei, mas estaria disposta a apostar que a Dóris sabe.

Iriam à casa de Dóris amanhã e aí iriam desvendar este mistério, ou pensavam eles assim, mal sabendo o que os esperava.

________Nota de Rodapé________

Ordem Coríntia - Uma das três Ordens Arquitectónicas na Grécia Antiga.

Dóris na mitologia grega é uma das três mil oceânides, divindades aquáticas. São filhas de Oceanus, um dos doze titãs, e de, Tétis, que representa a fecundidade feminina do mar.

Dóris irá desposar Nereu, chamado “o velho do mar”. Este é filho de Gaia, a Terra, e de Pontos, a onda marinha. Da união dos dois nascerão as nereidas , divindades marinhas.

Além dessas cinqüenta filhas, Dóris conceberá de seu esposo o jovem Nérites. Dotado de grande beleza, este será amado por Afrodite. Mas, por não querer seguir a deusa, abandonando o reino de seus pais, é metamorfoseado em concha. Dessa forma, acaba permanecendo para sempre junto de sua mãe.