quinta-feira, 5 de novembro de 2009

XVI: A casa de Dóris:



Na manhã seguinte, eu e Draco seguimos para a casa de Dóris. Estava nevoeiro e ameaçava chover. Eu levei uma capa negra e Draco uma verde esmeralda, para nos protegermos do frio. Não era nada daquilo que estava-mos à espera. A casa de Dóris ficava em cima de um rochedo. Para lá chegar, havia uma ponte de madeira, que a meu ver era um tanto frágil. Corvos pairavam nos céus. Eu fui a primeira a falar:

- Ok, isto é ligeiramente arrepiante. A casa é linda, mas arrepiante.

- Pois, ligeiramente arrepiante... - Draco concordou inseguro.

Dei uma pequena gragalhada.

- Com medo Sr. Draco Malfoy?

Ele olhou para mim. Notei que ele fazia um esforço enorme por não tremer na voz.

- Nenhum, Miss Hermione Jane Granger.

Sorri e começa-mos a atravessar a ponte. Então, ouvimo-la. Uma voz gélida e cortante a proferir palavras em outra lingua, que reconheci como sendo grego antigo (já tentei aprender, mas tive que desistir por causa de ir estudar para Hogwarts). A voz parecia fazer parte da neblina. O vento parecia açoitar-nos a cara e fez-me ficar gelada dos pés à cabeça, apesar de a capa ser grossa. Começou a chover.

Começa-mos a correr pela ponte, mas a voz parecia perseguir-nos. A trovoada não tardou a vir. A voz ficou mais alta, que as palavras eram gritadas aos ventos. Foi nesse instante que o mar, já mexido partiu em conjunto com um trovão a ponte. Draco e eu paramos. A ponte começou a ceder e o mar a avançar para nós. Draco e eu começamos a correr em direcção a terra. Mas eu caie. Draco tentou voltar para me ajudar, mas eu tinha o pé entalado entre duas tábuas. A água estava quase a alcançar-me. De repente, vi uma espécie de luz por baixo da minha cabeça. O meu H, que a Elena Howard ( a minha mãe biológica) deixara comigo à porta dos Granger há 17 anos atrás brilhava. Agarrei-o com ambas as mãos. A água chegou até mim. Senti-me a perder a consciencia com os abanões dela que recebia.

"AJUDEM-ME ANTEPASSADOS!" gritavam os meus pensamentos, enquanto o apertava com as minhas mãos.

Nesse instante senti-me invadida pela luz. Era tão agradável. Parecia vir de mim própria quem a emanava. Percebi que me tinha elevado das águas. Eu voava sobre os mares! Ouviam-se cantos ao longe. Pareciam vir das próprias águas. Sereias talvez. Suavemente, eu desci como quase se comande-se asas invisíveis que me faziam voar. Os meus pés tocavam a parte da ponte que ainda estava de pé. Draco veio até à minha beira. Estendeu-me a mão. Agarrei-a e olhei-o. A luz que eu emanava, foi aos poucos desvanecendo-se até nada restar. Draco olhava-me abismado.

- Eu sabia que eras especial. Desde o primeiro momento em que te vi.

Eu sorri e beijei-o. Depois olhei para uns rochedos junto á areia. Uma mulher estava dentro de água. Tinha um vestido verde escuro. Cabelos castanhos. Algo em mim, sabia que ela era Dóris.

Aprossimamo-nos dela. Ela não se voltou e antes que pudesse-mos falar pronuncio-se:

- Bem vinda, descendente da Anciã. Há muito tempo que estava à tua espera.



2 comentários:

  1. gostei de ler este capítulo, está mesmo muito fixe!
    amei a imagem da casa da Dóris

    quero mais outro cap.

    mordidelas sangrentas

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  2. Gostei do capítulo.
    Está muito bonito.
    Continua...
    A música do rapaz a tocar violino era da eurovisão não era? Da Rússia se não me engano.
    Beijinhos!

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