terça-feira, 24 de novembro de 2009

XVIII: Revelações, o início:



- Senta-te, por favor. Aquilo que te vou contar não é apenas sobre o teu passado, mas também sobre o teu futuro.
Hermione anuiu e sentou-se á sua frente. Dóris olhou-a e começou a falar:

- Eu nasci em 1900, em Olímpia. Estudei na escola de Némessis durante vários anos e depois comecei a servir Poseídon como sua sacerdotisa. A tua mãe nasceu em 1977. Quando ela começou a ir a escola, havia um lugar vago como professora de mitologia grega e eu concorri e fui aceite. Eu e a tua mãe éramos as melhores amigas. Todos sabia que a nossa família era a mais poderosa da Grécia. A tua mãe mal nasceu, foi prometida a um rapaz. De uma família muito rica e poderosa em Londres. E durante anos, tudo correu bem. Até que eles se conheceram.

Dóris fez uma pausa e de seguida, continuou.

- O teu pai era bonito e a tua mãe apesar de ter rejeitado os seus primeiros avanços, depois acabou por se entregar. Eu avisei-a, de que a nossa família não veria aquilo com bons olhos, mas ela não se importava. Ela estava apaixonada. Que importava a diferença de estatuto de sangue? O dinheiro? Ela vivia no seu próprio mundo de faz de conta. para ela não existiam regras, ou então, ela quebrava-as. Ela reinava como uma rainha, apesar de não ser reconhecida como uma.

Hermione parecia ver a sua própria vida amorosa ser repetida, em voz alta nas últimas linhas.

- Eu tive uma visão, dela com uma criança ao colo numa noite de inverno. Estava a nevar intensamente. Ela estava enrolada na capa e aconchegava-te contra o peito. Ela estava muito debilitada e chorava. Vi-a bater à porta. De seguida a aparecer aqui na minha casa e os Granger a receberem-te.

Os olhos de Dóris brilhavam. Hermione vi-a pequenas acumulações de água nas suas pestanas prestes a caírem.

- Depois, vi-te tal como estás agora. Aqui de pé, a questionar-me e disposta a saber uma verdade que eu nunca desejaria a ninguém.

Lágrimas grossas banharam as suas bochechas. A voz tremia-lhe.

- A minha mãe ainda está viva? Ela é uma sereia, não é?

Dóris olhou-a surpresa. Depois assentiu e continuou:

- Ela apareceu aqui e pediu-me para a ajudar. Ela não podia voltar para casa. Mas, já não era virgem, por isso não podia tornar-se uma sacerdotisa. mas os nossos pais descobriram e casaram-na comum tipo que a desejava o suficiente para a aceitar depois daquilo. Ela não aguentou. Acabou por invocar o tio Poseídon e ele deu-lhe aquilo que ela desejava. Um lugar em que pudesse ficar. Transformou-a numa sereis, assim estaria longe dele e descansaria eternamente no mar.

Hermione olhava-a perplexa, depois lentamente falou:

- Não está à espera que eu acredite que tem 109 anos e que os deuses gregos existem mesmo, pois não?

Dóris sorriu debilmente. Depois disse:

- Chegou a hora de finalmente conheceres as tuas origens. Acompanha-me.

Dóris levantou-se e dirigiu-se para a estante.

- Para onde? Para uma estante?

Dóris olhou-a com um olhar divertido.

- Não, através do tempo.

Nisto, elas foram envolvidas por uma luz branca e Hermione sentiu levemente os pés a deslocarem-se do chão. Aos seus olhos abria-se um mundo desconhecido. Um mundo antigo. Um mundo, onde estavam as respostas que ela procurava.



1 comentário:

  1. adoro a tua escrita.......

    coitada da mãe da Hermione, deve ter sofrido muito............pelo menos a Hermione conheceu a sua tia XD

    maiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiis

    beijos sangrentos

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