terça-feira, 29 de setembro de 2009

X: O tempo não volta atrás...


Durante toda a minha vida eu fui a melhor, pensou Hermione.

Nunca ninguém me superou em nada, excepto ele.

O tempo não volta atrás, a não ser que se tenha um vir
a-tempo. E eu já não tenho o meu, mas se o tivesse teria escolhido ter acabado com o Ron.

No seu quarto, Hermione lamentava-se. Vestia um lindo vestido vermelho. Tinha sido o baile de Hallowen na escola no dia anterior e Hermione vestira para impressionar, mas parece que Malfoy também.

Ao final da noite, Malfoy já estava a beijar outra e a rodeá-la com os seus braços.

Hermione tinha-se afastado para chorar. Fora para o
jardim quando ouvira risos no jardim, pensou que fosse algum casal e tentou fugir, mas o que viu manteve-a paralisada.

Quem estava nos jardins, entre os arbustos era Ron, enrolado com uma rapariga que durante toda a festa lhe fizera olhinhos. O cabelo ruivo de Afrodite
e os seus olhos azuis violeta pareciam preencher a mente de Hermione.

Nenhum deles a vira aproximar-se. Junto deles estava 5 ou 6 garrafas de whisky vazias. Eles estavam bebados, não tinham noção do que faziam. Mas, mesmo assim, Hermione foi invadida por uma raiva capaz de congelar o inferno.

Ela sentira-se mal por trair Ron, quando apenas beijara Malfoy e agora apanhava Ron, deitado com uma rapariga nos jardins, podre de bêbado e pronto para qualquer coisa. E quando as palavras qualquer coisa lhe assomavam à mente, Hermione sabia que era mesmo qualquer coisa!

Fugiu dos jardins a correr e ao entrar no seu quarto bateu com a porta de força. Deitou-se em cima da cama e esperou.

Ela rezava para que ele viesse e a beija-se. Que a fizesse sentir-se amada e desejada.

Mas, ele não veio.


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

IX: Nunca mais me procures, Malfoy...

Este capitulo não está como eu gostaria, mas espero que gostem.




Ás 4:30 da manhã, Hermione levantou-se. Não tinha dormido quase nada, mas dentro de meia-hora teria as aulas com as sereias. Pegou no uniforme de Hogwarts e vestiu-o por cima de um fato-de-banho. Pegou na varinha e saiu do quarto em direcção ao salão nobre do castelo de Némessis.

Chegou lá e sentou-se numa ponta afastada da mesa quase deserta. Estavam só lá alguns alunos. Na mesa dela, estavam apenas um rapariga chamada: Abnara* que Andreia lhe tinha apresentado. Possuía cabelo castanho arruivado e olhos verdes escuros.

Preparou-se para sair do castelo quando faltava um quarto de hora. Mas, o seu caminho foi barrado por Draco Malfoy.

Sem sucesso, tentou que o seu olhar não transmiti-se a imensidão de sentimentos que nutria por aquele loiro puro-sangue.

- Bom dia, Hermione.

- Bom dia, Draco.

Pelo menos, pensou ela, a minha voz não tremeu demasiado.

- Já falas-te com o Weasley?

Ela olhou para ele e contra vontade disse todas as coisas que lhe vinham a cabeça. Incluindo, mentiras.

- Não nem vou falar. Eu não vou acabar o meu namoro por tua causa! Eu amo o Ron!

E amo-te a ti! - Gritavam os seus pensamentos.

- E para mim não significas coisa alguma!

Pois não, significas o mundo todo...

- E agora, sai-me da frente, que ao contrário de ti, á quem queira aprender!

Trava-me, beija-me e diz que me amas para sempre se faz favor!

Malfoy olhou para ela incrédulo. Sabia que a rapariga menti-a.

- Estás a mentir. Tu estás apaixonada por mim e sabes bem disso.

Pois sei, mas não posso estar. O certo é amar o Ron. Não tu.

- Eu não sinto nada por ti, Malfoy, além de ódio!

Hermione tentou afastar-se, mas Malfoy empurrou-a contra a parede e beijou-a violentamente. Mago-a nos pulsos, mas nesse momento Hermione não se importou. Só importava o facto de ele a ter beijado. E naquele momento, a sua mente estava totalmente incoerente por ele ter concretizado parte do seu desejo.

Quando se separaram Hermione estava ofegante. Malfoy levantou-lhe o queixo e fixou os olhos nos dela.

- Engraçado, Hermione. Não tive essa sensação. Se realmente me odeias, olha-me nos olhos e diz que não sentes nada por mim.

Estás-me a pedir uma missão impossível de concretizar. Até deitar chamas a todas as escolas de feitiçaria do mundo é mais fácil que isso!

Hermione olhou para ele e tentou:

- Eu... não sinto... nada...

A sua voz perdeu-se no rosto de Malfoy. De todas as coisas que ele lhe poderia ter pedido esta era a mais impossível.

- Eu tenho de ir, as aulas vão começar. Nunca mais me procures, Malfoy...

Fugiu dos braços dele e correu escada abaixo para o pátio. Tentou travar sem sucesso as lágrimas que escorriam desde os seus olhos para as suas bochechas.

***

_____Nota de Rodapé_____

O nome Abnara significa Luz da Sabedoria.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

VIII: Mãe?





Por fim, Hermione se levantou. Caminhou em direcção ao seu quarto. Contar a Ron a verdade, diante do que acabara de descobrir, era algo impensável.

Deitou-se sobre a sua cama e adormeceu. E aí, ela sonhou. No seu sonho, ela estava por baixo de água. Conseguia respirar, apesar de não ter feito nenhum feitiço cabeça de bolha ou ter ingerido nada que lhe permitisse tal proeza. Contudo, conseguia-o.

Caminhou no fundo do lago ou rio onde estava e viu algo passar diante dela. Era uma cauda. Escamas azuis brilhavam nela. Hermione aproximou-se mais das plantas subaquáticas por onde a viu desaparecer.

Ela estava deitada no chão. O seu cabelo era liso e castanho como o de Hermione.

Primeiro, o seu sorriso estava triste. Depois lentamente, um sorriso forçado emoldurou o seu rosto. Parecia tão real que Hermione teria acreditado ser genuíno, mas, sabia que não era.

Apareceu um sereio. O seu cabelo castanho era escur
o. Tinha o olhar pregado na sereia.

- Bonjour, El.

- Bounjour, Pierre.

- Minha musa, que fazes aqui perdida?

- Estava a pensar Pierre. Apenas a pensar.

- Minha querida, pensar provoca rugas! E nós não queremos isso, pois não amiga?

Elena fez um esforço por não se desmanchar a rir. Tinha vindo até ali, porque quando cantara na baía, algo a impulsionou para o Castelo da Escola de Némessis. Não sabia o quê, por isso fora até àquele lugar tentar pensar. Sabia que alguém a ia encontrar, e ficou satisfeita por ser Pierre. Era o seu melhor amigo. Levantou-se do chão e nadou até ele.

Pierre sabia que a tinha animado, por isso começou a taragelar.

- Va lá, já viste a Judith com aquelas pulseiras?! Parece uma sereia da terceira idade!

Elena agora não aguentou e riu-se a bandeiras despregadas.

- Só tu, Pierre! Só tu, para me fazeres rir!

- Ah, querida! É a minha tarefa! Solidariedade Feminina! Uma vez mulher, para sempre mulher!

Elena dobrou-se tanto que voltou a cair no chão de tanto rir.

- Adoro-te Pierre!

Hermione olhava para eles divertida. Esta era a sua
mãe, Elena. A feiticeira que se tinha transformado sereia. A sua mãe parecia feliz, por isso Hermione estava feliz.

- Vamos, querida El. Aquelas caridosas mulheres do Concelho querem esganar-te por não teres acabado de cantar a melodia á lua. Aquelas Gorgónes!

Elena riu-se um pouco mais. Não se importava de ter de enfrentar as 3 sereias do concelho: Matilde, Madalena e Marta. Valia, por ter sentido aquilo que tinha sentido esta noite.

- Vamos, ver aquelas adoraveis sereias do concelho de Poseidon.

Nadaram junto de Hermione e Elena tocou-lhe com a mão na testa. Hermione olhou para ela e murmurou:

- Mãe?

- Hermione?

A sereia olhou para trás, a tentar ver uma Hermione que a seus olhos era invisivel.

- O que foi, querida?

- Eu julguei ver... Parecia ser... Eu senti, algo... Hum. Nada. Está tudo bem, Pierre.

- Tens a certeza?

- Absoluta. Vamos.

Atravessaram a água velozmente, e Hermione perdeu-os de vista. Lentamente sentiu-se pesada e a desaparecer daquele espaço.

- Mãe?

A sua voz, pronunciou o seu chamamento em voz alta, perturbando o silencio existente no quarto. Não estava lá nada, excepto ela. Virou-se mais uma vez na cama e adormeceu. Dessa vez, sem pesadelos.


_____ Nota de Rodapé_________

--> Górgones: A criatura chamada górgone na mitologia grega é um ser horrendo, com serpentes no lugar dos cabelos, que transformava em pedra quem o visse (a Medusa).



E Maria, a Elena Howard é mãe dela. Não te esqueças, quando leres.

ESTAVA A BRINCAR! Beijos Sangrentos.


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

VII: A minha doce aprendiz Elena...

Este capitulo é dedicado á minha melhor amiga Daniela. Espero que gostes!






Hermione não conseguia deixar aquilo para dia seguinte. Colocou a capa sobre os ombros e foi para o quarto de Ron.





Na entrada havia um mapa, e um aviso sobre as instalações dos alunos do Intercâmbio. Ron estava na torre Sul.





Hermione seguiu por o corredor, para a zona sul e ouviu uma voz de lado.





- Estás perdida, doce invulnerável ou serás uma jovem vulnerável?





A voz provinha de um quadro. Era um homem velho. O seu olhar era apreciador e brincalhão. Estava divertido.





- O que quer dizer com isso senhor?





- Tudo minha doce feiticeira. Ou talvez nada. Depende se aquilo que procuras, queres realmente encontrar.





Hermione olhou melhor para ele. Ele não parecia estar a gozar com ela. Parecia perdido nas suas próprias memórias, na sua cabeça. Pensou sair de fininho, da beira dele, mas a voz dele fe-la estacar.





- Não queres encontrar-te a ti própria Elena? Já te esqueceste do que é ser curiosa do saber?





- Eu não me chamo Elena, senhor. Deve estar a confundir-me.





O homem do retrato pareceu finalmente reparar nela. O seu rosto iluminou-se.





- Elena, minha doce aprendiz! Voltas-te enfim para o saber!





Ele estava louco. Hermione percebeu isso, logo que ele lhe tornara a chamar Elena. E contudo, parecia normal. Feliz, nessa loucura.





- Eu não me chamo Elena, senhor! O meu nome é Hermione!





O sorriso do homem desvaneceu-se. Olhou bem para ela e disse em voz baixa e calmamente:





- Tu não és a minha Elena, a minha doce aprendiz? Pareces-te tanto com ela, mas ela desistiu disto. Tornou-se uma sereia, por causa de tanto ódio e amargura. E tudo, por causa daquela família, daqueles velhacos, daqueles Howards!..





HOWARDS? Alto e para o baile! Ele estava a falar da sua mãe?





- Elena Howard, é com ela que o senhor me está a confundir?





O homem olhou para ela e disse:





- Minha doce Elena, morreu por dentro. E eu morri novamente. Ela era a minha companhia. Uma rapariga tão bonita, tão curiosa do saber. Uma sabe-tudo! Ela era a única que se importava comigo. A única que alguma vez gostou de mim. A minha doce aprendiz Elena...





E nisto adormeceu. O seu rosto era triste. E Hermione viu cair do seu olho fechado direito, uma lágrima.





Não chegou a sair dali. Sentou-se no chão, á beira do quadro e começou a pensar em tudo aquilo.





E sentiu-se aquecida por algo misterioso e aconchegante. Pois lá fora, sobe o luar, uma sereia cantava enquanto escovava o seu cabelo. O seu nome era Elena Howard.










sexta-feira, 11 de setembro de 2009

VI: Quero-te, mas não te posso ter:

Este capitulo é dedicado á minha melhor amiga Daniela.



Que a amizade nunca nos abandone, e que sejas sempre feliz!



Obrigada pela tua amizade, e desculpa estar pequeno, mas o próximo sai grande, prometo que vou tentar!










Draco veio á porta. Também já tinha mudado de roupa. Vesti-a apenas umas calças negras. O seu peito estava descoberto. Olhava para Hermione com desejo. Arrebatou-a para os seus braços e beijou-a apaixonadamente.





Hermione atirou os braços em volta dele, de uma forma entusiástica. Era errado, e ela sabia disso. Mesmo assim, sentiu-se bem. Em paz, consigo mesma. Draco tirou-lhe a capa e deixou-a cair. Levou Hermione até á zona da cama e caíram abraçados.





Hermione nem do que era certo ou errado já se lembrava. E naquele momento, não saberia dizer a alguém quem era. Sentiu o corpo de Malfoy pressionar levemente o seu. E de repente lembrou-se de algo.




RON!




Ela não podia trair Ron. Tinha de acabar com aquilo. Ainda que contra-vontade, as suas mãos afastaram o rosto de Malfoy. Ele recuou surpreendido.





- O quê se passa?





- Eu não posso trair o Ron! Não posso e não o vou fazer!



Dito isto saiu do a correr do quarto de Malfoy e fechou a porta do seu quarto. Encostada á porta deixou-se escorregar até á porta. Malfoy bateu com a mão na porta. Hermione não a abriu.



- Hermione, abre!



- Vai-te embora!



Tudo o que mais desejava dizer a Malfoy era para ficar, mas não o podia fazer. Tinha de terminar tudo com Ron, antes.



- Não vou! Fico aqui até que abras esta maldita porta!



Hermione levantou-se mas não abriu a porta.



- Amanhã, eu vou terminar tudo com o Ron, não o quero enganar!



- Procura-me então. Junto dos carvalhos, eu estarei por baixo do maior.



E dito isto, ambos se afastaram da porta. Hermione foi para a cama. Prendeu as pernas com os braços e colocou a cabeça sobre os joelhos.



E assim ela chorou. Quero-te, pensou ela, mas não te posso ter.



Malfoy, por sua vez sentou-se a pensar. Ela ia terminar com o maldito Weasley!



E finalmente ia ser sua!



Hermione Jean Granger ia ser sua!



E Malfoy mal podia esperar para que tal acontece-se.




quinta-feira, 10 de setembro de 2009

V: Escola de Némissis:

Este capitulo é dedicado á minha melhor amiga Maria Death. Que nunca falte magia na tua vida. E claro, vampiros!




O tempo acabou por passar. Ainda que lentamente e de uma forma enervante, mas acabou por passar.




A escola de Némessis era um sonho! Era um castelo maravilhoso, rodeada por uma floresta espantosa, e o nevoeiro pairava em volta. Parecia ter saído de um daqueles filmes magníficos da Idade Média. Á entrada, esperavam ansiosos os alunos.


Os seus uniformes combinavam com a escola. As raparigas usavam vestidos compridos de seda justos e de mangas largas. Cada raparigada possuía um cinto de pedras preciosas na cintura. Os rapazes usavam um saio justo ao corpo, mantos presos com enormes broches de ouro e ornados com pedras preciosas, e um pelote com mangas cavas.


Os uniformes eram todos brancos. Mas, as jóias dos cintos e dos broches diziam quais as equipas a que pertenciam. Eram 4 pedras diferentes. A branca de Atenas, a deusa da sabedoria. A Ágata de fogo de Apolo, Deus do Sol e das Artes. A safira, de Poseidon, Deus do Mar. E a vermelha de Afodite, a deusa da beleza e do amor.


Foram recebidos, e depois entraram. Hermione olhou para cima e viu que na fachada dizia:


"Tudo que se eleva acima da sua condição, tanto no bem quanto no mal, expõe-se a represálias dos deuses. Tende, com efeito, a subverter a ordem do mundo, a pôr em perigo o equilíbrio universal e, por isso, tem de ser castigado, se se pretende que o universo se mantenha como é."


Hermione tinha lido que a frase da fachada, era a concepção fundamental do espírito helénico.



***


No interior, a escola era muito sumptuosa. O chão do salão era de mármore branco e as paredes eram também brancas. Haviam algumas colunas, na direcção da mesa dos professores. As mesas eram de madeira castanha-quase-negra. Os cálices eram de cristal, e as travessas também. Por agora estavam vazias.


Os alunos foram-se sentando e os estudantes de Hogwarts divididos. Ron e Pansy Parkinson foram para a mesa dos alunos de Poseídon. Harry e Ginny para a de Apolo. Neville e Luna para a de Atenas. E, Malfoy e Hermione para a de Afrodite.


A directora levantou-se. Chamava-se Dóris, em homenagem á bela ninfa da água, Dóris mulher de Nereu e mãe das Nereidas e de Nérites.


- Bem vindos, caros alunos! Espero que o ínicio do ano vos traga sorte e que venham preparados para mostrar mais uma vez, a razão de o nosso povo ter sido criado por os Deuses!


Hermione achou a directora linda. Vesti-a um manto vermelho decotado, e tinha cabelo ruivo que lhe chegava até ao fim das costas. Tinha um pequeno aro adornado de rubis na cabeça. Hermione quase apostava que teria sido da equipa de Afrodite, pois usava um colar igual ao das alunas cuja mesa de equipa compartilhava.


- Este ano, temos convidados! Os estudantes de Hogwarts!


Todos os alunos irromperam em aplausos. Hermione sentiu-se constrangida, por estar a ser observada pelo salão inteiro.


- Espero que os tratem como gostariam de ser tratados. E, agora, que a festa comece!


De imediato apareceram as comidas nas travessas. Vários pratos que Hermione não conhecia. Havia entre eles bifes regados com sumo de limão.


Hermione serviu-se um pouco de cada e começou a comer. Uma rapariga meteu conversa com ela:


- Olá. És de Hogwarts não é?


- Olá. Sim. Chamo-me Hermione. E tu?


A rapariga desconhecida sorriu. Tinha longos cabelos cor-de-cobre.


- Chamo-me Andreia. A directora e os professores são diferentes dos vossos, não?


Hermione olhou melhor para eles e agora reparava. As professoras eram muito bonitas. Talvez as mulheres mais bonitas que alguma vez vira.


- São veelas as professoras?


A rapariga riu-se.


- Não. São Melíades.


- Ahhh.


- São o quê? - Disse Malfoy intrometendo-se na conversa.


- Basicamente, Ninfas que descendem de Uranus. Espíritos das Deusas.


- Ah. Ok. Eu sabia. Estava apenas a ver se sabiam a resposta.
Hermione riu-se. Dentro de pouco tempo, todos acabaram de jantar. Apareceram agora as mais variadas sobremesas. Provou algumas e viu que Malfoy a observava.
- O quê é?
- Tens...
Malfoy passou para o lado dela quase sem ninguém reparar, á excepção de Ron. Esse observa-va o minimo movimento de Malfoy para Hermione. Até que uma rapariga meteu conversa com ele e ai perdeu o fio á miada do que se estava a passar entre Malfoy e Hermione.
Malfoy pegou no seu guardanapo e limpou ternamente os lábios de Hermione, que estavam banhados de branco por causa do gelado. Ela sentiu-se percorrida por uma estranha corrente elétrica bastante aprazivel. Malfoy inclinoiu-se para ela e sussurou-lhe ao ouvido.
- Vem ter comigo mal isto acabe ao meu quarto.
Hermione devia dizer-lhe que não, mas em vez disso, acenou com a cabeça em sinal de assentimento.
- Agora que já acabamos de nos banquetear, chegou a altura de vos falar de algumas coisas. Primeiro caros convidados, tenho o prazer de vos dizer, que as sereias concordaram em deixa-los assistir ás aulas sobre os ensinamentos antigos e sobre a sua história. Essas aulas serão marcadas para as 5 da manhã. As Ninfas dos bosques, concordaram em falar sobre a mitologia grega e a nossa história mágica ao 12:00 em ponto. As aulas com os harpistas e os celtas serão para as 3 horas da tarde e são opcionais. Essas serão as vossas aulas. Nos períodos de tempo livre, sugiro que vejam as vistas da nossa bela terra. De resto, as aulas serão normais para o resto dos alunos.

- Boa Noite!

Os alunos levantaram-se e fizeram uma respeitosa vénia aos professores. Hermione, Malfoy e os outros também fizeram, ainda que de uma foram descoordenada.
Hermione e Malfoy seguiram para a parte mais alta da escola. Hermione e Malfoy ficavam na torre Norte, em quartos separados.
Hermione chegou ao seu quarto, despiu a roupa, e vestiu a sua camisa de noite. Era comprida até aos pés, onde havia uma pequena cauda pontiaguda. Era vermelha, e tinha um decote generoso. Tentou convencer-se a não ir, mas quanto mais pensava, mais desejava ir.

Escovou o cabelo e prendeu-o um pouco. Com um feitiço produziu alguns caracóis e deixou-os cair em cascata pelas suas costas. Aplicou um pouco de perfume e depois olhou-se ao espelho. Pegou numa capa que tinha na mala. Era do mesmo vermelho que a camisa de noite. Calçou uns chinelos e assim deixou o seu quarto.
A razão apontava-lhe que era estúpido, que não devia ir... Mas, no seu coração, tudo apontava que era naquele quarto que devia estar.

Assim bateu á porta e aguardou a sua sorte. Que estava do outro lado.


quarta-feira, 9 de setembro de 2009

IV: A vida tem de ser assim tão complicada!?




Como a carruagem não tinha tejadilho, os seus cabelos bailavam com os ventos.

A viagem decorreu calma. Hermione e Malfy acabaram por adormecer. Quando Hermione acordou, reparou que estava deitada sobe o peito de Malfoy. Os seus braços envolviam-na. Hermione tentou soltar-se, mas não era isso que o seu coração desejava.


A sua alma e o coração desejavam, que um dia, Ron também a tivesse abraçado assim, mas nunca o fizera. Desejava que em vez de a ter magoado ontem, a tivesse puxado para cima do seu peito, apenas para a segurar nos braços como Malfoy fazia. Mas, isso não tinha acontecido. Nem ia acontecer. Por isso, Hermione deitou-se novamente sobe o peito de Malfoy e prometeu a si mesma, que na sua mente, eram os braços de Ron que a seguravam.


Mas, embora na altura lhe fosse estranho, no seu coração residia a certeza, que era nos braços de Malfoy que residia o amor que nunca tivera.


Durante anos, fantasiara a possibilidade de Ron a beijar e dizer que a amava. E no primeiro mês, tudo foi perfeito. Mas á medida que o tempo passara, Ron arrefecera. Tratava-a como um objecto. Já não lhe dava tanto carinho como lhe dava quando eram amigos. Isolara-se dela. E, magoara-a ontem.


Por, isso apesar de a lógica na sua cabeça gritar palavras como "Traidora!" e frases como "Não tens vergonha!" aninhou-se nos braços de Malfoy e assim ficou.


***


Malfoy acordara, quando Hermione se tentou libertar do seu abraço, mas fingiu continuar a dormir. E por fim, ela voltara a repousar nos seus braços. No fundo, o seu ódio por ela sempre fora amor. E os Malfoy, não podiam ter como futura matriarca da família uma sangue de lama.


Mas, nos últimos tempos, o seu pai descobrira nos registos da família, uma família puro-sangue que os poderia voltar a fazer cair nas graças do mundo mágico.


O mundo mágico, como era do conhecimento de uma criança desde que começava a falar e pensar tinha sido criado por deuses. Pelos deuses do Olimpo. Atenas, quisera que a sabedoria antiga continuasse nas mãos dos humanos, mas não de todos. Pois mesmo entre os bons, á sempre algum que faz uma escolha errada. Por isso, num concilio, decidiram criar uma raça. Seriam mortais, para que caso a maldade lhes levasse a melhor, o mundo poder ser libertado da sua presença.


Possuiriam poderes mágicos (como os muggles lhes chamavam, apesar de o termo feiticeiro ser os "Poderes antigos", mas ter sido esquecido ao longo dos séculos) e os ensinamentos antigos.


Essa raça, nasceria entre os deuses, mas ser-lhe ia retirada a mortalidade. Por isso, a deusa Nix deu á luz Némessis. Depois, de várias tentativas de a possuir, Zeus metamorfeou-se (Zeus era o mais poderoso Animagus do Olimpo) em cisne, pois Némessis nas suas tentativas de fugir dele transformou-se em gansa. Acabaram por se unir, e dessa união nasceu um ovo, que Némissis abandonou.


Esse ovo, foi chocado pela Rainha Leda, e dele nasceu Helena de Esparta. Nessa altura, muitos começaram a chamar a Némessis a inevitável e a usar o seu nome para descrever o pior inimigo de alguém.


Helena de Esparta, casou-se com o rei Menelau de Esparta. A sua reputação de mulher mais bonita de mundo, corria pelos 4 cantos da terra. E com ele teve uma filha, Hermione que abandonou com 9 anos para fugir com Paris. unca se soube o seu fim, pelo menos, no mundo dos humanos. No dos feiticeiros, a versão real, era que ela foi viver com os deuses no Olimpo com a alma do seu querido Páris.


Hermione casou com Neoplótemo e tornou-se rainha de Épiro. Tendo ciúmes da amante do marido, Andromâca mandou ao seu primo Orestes assassina-lo. Depois, Hermione casou com Orestes, a quem já havia sido prometida. Teve um filhe, Tisanemo e viveu muitos anso como rainha de Esparta, Micenas e Épiro.


Malfoy sorriu e acariciou o cabelo de Hermione, que dormitava nos seus braços. O que a história feiticeira ocultara, era que Hermione e Neoplótemo tinahm tido uma filha com poderes. Ela tinha sido enviada para o mundo do Olimpo, onde fora amasiada com um Deus (não se sabe bem qual), e dessa união nasceram 5 familias puro-sangue.


Mas, os deuses, temendo a ganancia que os puros poderiam ter, deram poderes aos filhos dos mortais. E de um rapariga puro-sangue e um rapraz sangue de lama, nasceram os meio-sangue.


E assim, as 3 vertentes feiticeiras viveram. O sangue da anciã, como Némissis ear conhecida, tinha sido escondido.


Mas, o segredo residiu sempre num vfelgho livro, que estava na Mansão Malfoy. E assim, conseguiram perceber que esse sangue, o sangue da anciã corria numa feiticeira que se pensava ser sangue de lama. A familia da anciã nunca abandonara a Grécia, a não ser na altura do imtercâmbio, que Elena Howard, descendente da anciã fora para Hogwarts e engravidara de um sangue de lama. Fugira e quando a bebé nascera, deixara-a á porta de casa de uns muggles.


Voltara para a familia e fora obrigadaca casar, mas a dor de não ter a filha, tornara-a amargurada e aos poucos e poucos, transformou-se numa sereia.


Investigando mais, Lucious Malfoy tinha decoberto que a filha de Elena Howard estava em Hogwarts e descobriu tratar-se de Hermione Granger.


Dissera a Malfoy, para se aproximar dela, para a levar a gostar dele, para voltarem a ser aceites na comuindade feiticeira, mas Malfoy, pela primeira vez dissera que não.


Que não ia enganar a rapariga que sempre tinha amado, e que agora toda a gente ia saber que amava. Dissera ao pai que se ela quisesse ficaria com ele, mas não a ia obrigara a nada. Dito isto partiu, e embarcou no Expresso de Hogwarts.


Se Hermione o amasse, seria finalmente feliz. Mas, se não, teria a sua amizade, para pelo menos apreender a ser um pessoa melhor.


Dito isto, abraçou-a e esqueceu aqueles pensamentos. Hermione nunca ia saber, aquilo que Malfoy sabia.



***


Acabaram por acordar ambos. Malfoy foi o primeiro e depois Hermione. Ela afstou-se mas ele pegou-lhe no braço e levantou a manga. Foi no braço em que Ron a magoara. Tentou8 travá-lo, mas não conseguiu. Ele inha visto a area arrocheada.


- Quem te fez isto?


Hermione tentou mentir, mas sabia que não ia convencê-lo. Ele sabia a resposta. Por isso, com pesar ela confirmou-a.


- O Ron, mas ele não teve culpa. Ele...


A cara de Malfoy transmitia o desejo de matar Ron.


- Ai não teve culpa?! Então deve ser por isso que só estás assim. Imagino que se tivesse, já tinhas ficado sem braço!


- Pára! O Ron fez isto sem querer, não vai acontecer!


Malfoy olhou-a com compaixão.


- Pareces aquelas muggles que são vitimas de violencia doméstica, mas que mesmo assim defendem os maridos ou namorados.


Hermione sabia que ele estav cheio de razão. Mas não o queria admitir.


- É a minha vida e tu não tens nada a ver com ela!


- Mas gostava de ter.


Não era essa a resposta que Hermione esperara. Pensou em algo inteligente para lhe responder, mas de repente, os seus lábios estavam repentinamente ocupados.


Os lábios de Malfoy moviam-se contra os seus com certeza, e não havia nem uma ponta de exitação em nenhum dos eus gestos. As mão dele rodearam-lhe a cintura e acariciaram-lhe as costas.


Segundo a lógica dela, ela tinha de o parar. Já segundo o coração, era outra coisa!


Quando o beijo acabou, estavam ambos ofegantes.


- Eu não posso trair o Ron! Eu gosto dele, e ...


Mas, acabou de se aperceber de algo. Durante todo o tempo que frequentara a escola, sentira algo por Malfoy. Não amor, mas atracção e desejo. E agora tinha-se lhe juntado o amor. E sem querer, apercebeu-se de que também estava apaixonada por Malfoy.


Oh, pá! Porque é que a vida tem de ser tão complicada!?


- Mas também me amas a mim.


Lindo! Absolutamente fantástico! O Malfoy sabe! Parabéns Hermione! Bonito serviço!


- Eu, tenho de pensar! Dá-me tempo!


- Dou-te todo o tempo do mundo, meu amor.


E assim virou-se para o outro lado e rezou a todos os santos, para que estivessem a chegar.