domingo, 28 de fevereiro de 2010

Prólogo:




Um homem vagueava pela rua. A escassa luz apagava-se à sua passada. As suas mãos estavam manchadas de sangue. Os seus olhos eram negros e transbordavam de malícia. No seu cinto, um punhal de cavalaria medieval cintilava sob o luar. Ao longe uma figura movia-se. Estava sentada em cima de um cavalo branco e estava encoberta por uma capa azul turquesa, bordada com pérolas.

O homem acelerou o passo, tentando ocultar-se nas sombras, mas ao pisar um galho seco a figura olhou na sua direcção. Era uma mulher lindíssima de cabelo loiro platinado e olhos de um azul turquesa lindíssimo. O olhar que lhe lançou foi de medo e espicaçou o cavalo logo de seguida, levando-o a correr pela floresta que se estendia à sua frente.

O homem segui atrás dela, agora a correr na sua velocidade máxima. A mulher estava quase a chegar à igreja que existia no meio da floresta, quando uma mulher surgiu na sua frente. Toda de negro. O seu cabelo estava oculto pelo capuz que usava, mas os seus olhos cinzentos possuíam um brilho trocista. Ao seu lado juntaram-se várias figuras com mantos cinzentos que cercaram a mulher a cavalo.

- Dá-nos o que deseja-mos, e partirás em paz Maísa. Nada tenho contra ti, sempre te considerei uma boa amiga, apesar de bastante angelical.

- Vai para o inferno, Lilith! Nunca te darei o que desejas!

A voz da mulher estava cheia de raiva.

- Oh, eu vou. Mas,... vou levar-te comigo! - Dito isto soltou uma gargalhada fria que ecoou na floresta inteira.

As figuras de cinzento começaram a cantar versos em latim e Maísa percebeu que eram as feiticeiras de Lilith, a tentar extrair as suas memórias.
Olhou para a bolsa de couro que carregava. Uma linda bebé dormia lá dentro. A sua filha. Mas não apenas isso, era também a única nefilim que podia salvar o mundo dos demónios.

Tomou rapidamente a sua decisão. Depois ergueu a bebé da cesta e gritou umas palavras em latim. Antes que Lilith pode-se fazer algo, a bebé desaparecera.

Maísa caiu do cavalo exausta. Para absorver a queda, abrira as suas asas, que também denunciavam exaustão.

Lilith gritou em direcção ao céu maldições e impropérios. Deixou cair a capa no chão e depois, aproximou-se dela, ajoelhando-se junto dela. Maísa soltou uma gargalhada débil.

- Ainda que me mates, não matarás a minha filha. A Salvadora está salva.

Lilith arranhou o braço de Maísa com as suas unhas e com a voz maldosa disse:

- Oh, eu vou encontrá-la, e quando o fizer, vou torturá-la uma e outra vez, e outra vez, até que ela implore pela morte, e aí eu vou matá-la da forma mais dolorosa possível, Anjo da Sorte. Mas que sorte a tua, não é? Para salvares a tua filha vais morrer, depois de te torturar muito, é claro, e vais condená-la a sofrer também.

O rosto de Maísa contorcia-se de dores, mas antes de Lilith a tomar entre os braços e se afundarem no chão, em direcção ao inferno pensou:

"Deus ajuda-a!"

Depois de emergirem, a terra adquiriu um brilho azulado e o rosto do anjo Maísa era visível.





Nota de rodapé: Nefilim é um filho ou filha de um anjo com um humano.

3 comentários:

  1. coitadinha da bebé......

    I want more!

    ok?

    mordidelas sangrentas

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  2. Ola!
    Eu amei isso!
    Sou completamente louca por historias desse genro! e AMEI tudo!!!
    Quero mais =D
    Bjs

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  3. Olá

    Não precisavas de pedir desculpas por me avisares tarde. Sei perfeitamente ke o tempo, com os testes e afins, deve ter sido limitado. Comigo passou-se o mesmo.

    Agora, quanto ao prólogo:
    Amei! Está divino, esta super, esta... está um máximo.
    Amo, amo e amo este tipo de histórias.
    Coitadinho do bebé! O ke lhe irá acontecer?

    Jokas

    PS: Tinhas razão "Duas Irmãs, Um Rei" é um livro fabuloso e, também ficou, na lista dos meus livros favoritos. Nunca será uma decepção Philippa Gregory.

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